Londres, (Prensa Latina) Alguns países europeus planejam o fim do embargo de armas à Síria e o envio delas a grupos irregulares nos próximos meses, revelou o diário britânico The Guardian.
O jornal citou declarações do representante da oposição síria no Reino Unido, Walid Saffour, onde ele afirma que para a reunião do chamado grupo Amigos da Síria, fixada para finais da primavera ou começo do verão na Turquia, acabarão as restrições dos países europeus.
Segundo declarou o membro da oposição apoiada pelos Estados Unidos e pelas nações da União Europeia (UE), isso permitirá que tenham acesso a munições e armas de qualidade necessárias para derrocar o Governo do presidente Bashar Al Assad.
The Guardian citou outra fonte da oposição envolvida no fornecimento de recursos a grupos armados, de acordo com a qual, nos últimos dias, as restrições ao envio de armas ficaram menos severas.
Em diferentes ocasiões, países como Síria, Rússia e Irã condenaram o apoio ocidental à oposição, principalmente em relação à entrega de armas, frente à possibilidade de que cheguem a grupos extremistas envolvidos no conflito, pois não teriam como controlar sua distribuição.
Recentemente o diário britânico The Times informou também que especialistas dos Estados Unidos, Europa e Israel treinam mercenários em acampamentos na Jordânia, com o objetivo de ir à Síria e derrocar o Governo.
Um diplomata ocidental em Amã informou que tais exercícios foram realizados em instalações militares jordanianas sob supervisão de instrutores estadunidenses, em coordenação com Tel Aviv, segundo a publicação.
The Times citou funcionários de inteligência e diplomatas da região, que disseram que a capacitação vai desde uso de armas leves até manobras mais complicadas, como estratégias para tomar instalações de armas químicas.
Na quinta-feira a UE mudou o embargo de armas à Síria para permitir que veículos blindados, equipamento militar e ajuda técnica sejam enviados à oposição. A alteração foi feita durante a viagem do secretário de Estado estadunidense, John Kerry, à Europa, onde anunciou o envio de 60 milhões de dólares de seu país.
De acordo com The Guardian, ainda que o representante da oposição não tenha citado os países fornecedores de armas, espera-se que o Reino Unido seja um dos primeiros a atuar com a mudança de restrições, ao ser um dos que mais pressionaram para o levantamento do embargo.
O chanceler britânico, William Hague, deve fazer uma declaração perante o Parlamento na próxima semana com detalhes dos novos equipamentos militares e a capacitação que o Reino Unido dará aos rebeldes.
http://www.iranews.com.br/noticias.php?codnoticia=9475
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