Marrocos decidiu colocar em liberdade condicional três dos seis presos políticos saharauis defensores dos direitos humanos que encontram no Presídio de Salé/Rabat desde Outubro de 2009, afirmaram fontes da Associação Saharaui Vítimas de Violações Graves dos Direitos Humanos (VASVDH), ONG com sede em El Aaiún, capital ocupada do Sahara Ocidental.
Está previsto que nas próximas horas saiam da prisão Rachid Sghayar, Yahdih Ettorouzi e Saleh Labeihi. Ficam ainda na prisão Ahmed Naziri e os outros mais conhecidos activistas do grupo, Ali Salem Tamek e Brahim Dahane.
A notícia foi divulgada aos presos hoje de manhã pelo conhecido advogado marroquino Mohamed Sebbar que, em conjunto, com seis causídicos saharauis acompanha o caso.
Há semanas que se procurava um entendimento entre os advogados e as autoridades para buscar uma forma de pôr fim às detenções. Primeiro os presos puseram termo à sua greve de fome após 40 dias de jejum. Era um passo prévio para a libertação condicional que, parece, ter início hoje, 3.ª feira, dia 18 de Maio.
Recorde-se que os sete activistas de ONGs dos direitos humanos e defensores da independência do Sahara Ocidental foram detidos no dia 8 de Outubro de 2009 no aeroporto de Casablanca ao regressar de uma viagem a Argel e aos acampamentos de refugiados de Tindouf (Argélia), onde foram recebidos pelos dirigentes máximos da Frente Polisario.
A única mulher do grupo Dagja Lachgar foi colocada em liberdade condicional em princípios de 2010 por motivos de saúde.
Todos os sete são acusados de alta traição ao Reino de Marrocos e deveriam ser apresentados ante tribunal militar, algo que após as últimas negociações poderiam passar por uma espécie de limbo jurídico como já ocorreu noutro casos em Marrocos, que nada nem ninguém perceba a lógica da júrisprudência.
Informação divulgada com base em artigo do periódico ABC
Pela Associação Portugal-Sahara Ocidental
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