A procuradora da Suprema Corte de Justiça do Chile recomendou hoje a extradição do ex-presidente do Peru, o nipo-peruano Alberto Fujimori, para enfrentar em Lima acusações de violações aos direitos humanos e corrupção. A recomendação da procuradora Monica Maldonado, no entanto, não ordena ao juiz chileno encarregado do caso, Orlando Álvarez, que extradite Fujimori. Sob a lei chilena, o juiz, que neste caso está de licença médica, deverá entregar o relatório de Maldonado às duas partes, ou seja, ao governo peruano e aos advogados de Fujimori, e depois expedirá a sua sentença - que também é passível de apelação na Suprema Corte.
O comunicado de Maldonado afirma que ela aceitou a recomendação de extradição baseada em dois casos de violações de direitos humanos e oito de corrupção, que o governo peruano alega que Fujimori praticou. Um caso de corrupção foi rejeitado pela procuradora. As acusações de violações aos direitos humanos incluem um caso no qual esquadrões paramilitares, sancionados por Fujimori, mataram 25 pessoas, entre elas um menino de 8 anos. Os casos de corrupção aceitos envolvem subornos de funcionários e juízes peruanos e desvio ilegal de verbas feito pelo serviço de inteligência, na época comandado por Vladmiro Montesinos.
Fujimori viajou para Santiago do Chile em 6 de novembro de 2005, vindo do Japão, onde ele passou cinco anos no exílio, após fugir do Peru. Seu governo de uma década (1990-2000) no Peru entrou em colapso após escândalos de corrupção. Fujimori, que tem cidadania japonesa, fugiu então para o Japão, onde viveu até 2005, quando decidiu regressar espontaneamente à América do Sul. No Chile, viveu cinco meses sob prisão domiciliar, até que o mesmo juiz Orlando Álvarez ordenou sua prisão.
Fonte A Tarde
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