Na quinta-feira passada a ONU e a UA designaram o general nigeriano Martin Agwai como novo comandante da força híbrida que será constituída principalmente por africanos.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou o envio de 23 mil soldados a Darfur, província ocidental do Sudão assolada por uma guerra civil há quatro anos.
O Conselho adoptou no fim-de-semana passado um relatório que lhe foi submetido pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.
O relatório preconiza "a aplicação imediata do comando conjunto ONU/UA para a manutenção da paz na província de Darfur".
"O Conselho de Segurança notou que o acordo entre a União Africana e as Nações Unidas sobre este relatório conjunto é um facto importante no quadro da iniciativa global do processo de paz em Darfur", indicaram os 15 membros do Conselho num comunicado lido pelo seu presidente, o norte-americano Zalmay Khalizad.
O relatório propôs duas opções de tropas: uma com 19 mil e 500 homens integrada por 18 Batalhões de Infantaria e outra de 17 mil e 605 soldados com 15 Batalhões de Infantaria.
Está igualmente prevista uma força da Polícia de três mil e 772 oficiais e dois mil e 500 agentes para implementar uma equipa de segurança local nos campos de refugiados e do pessoal civil de assistência.
Ban Ki-moon entregou uma cópia deste relatório conjunto ao embaixador do Sudão acreditado na ONU, Abdalmahmood Abdalhaleem, para obter a aprovação do seu Governo.
A nova missão será a fase final dum processo de três etapas no quadro do reforço da Missão de Paz da UA no Sudão (AMIS) que carece de recursos.
A ONU e a UA designaram quinta-feira passada o general nigeriano Martin Agwai como novo comandante da força híbrida que será constituída principalmente por africanos.
A força vai igualmente controlar o respeito do acordo de paz sobre Darfur assinado em Maio de 2006 pelo Governo sudanês e por um grupo rebelde.
Os soldados de manutenção da paz estarão igualmente encarregues de controlar as fronteiras do Sudão, do Tchad e da República Centro Africana.
A guerra em Darfur, desencadeada em Fevereiro de 2003, terá feito 200 mil vítimas e provocado a deslocação de mais de duas milhões de pessoas.
O Secretário-Geral da ONU descreveu a província de Darfur como "palco da pior crise humanitária no mundo", que transborda para o Tchad e para a República Centro Africana. As informações são da Panapress.
Fonte Portugal Digital
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