O ano de 2006 foi o que menos acidentes de aviação conheceu nos últimos 43 anos (desde 1963). Contabilizaram-se 156, menos 22 do que em 2005. Os dados do Gabinete de Arquivos de Acidentes Aeronáuticos explicam, no entanto, que a média de vítimas se mantém a par da verificada ao longo dos últimos dez anos. No ano passado houve 1292 mortes.
As estatísticas oficiais, reportando-se à perda de aeronaves de grandes dimensões e dos construtores mais representativos, referem que em 2006 se perderam cinco Boeing (três 737, um 727 e um 747) e dois Airbus (um A310 e um A320).
Em relação aos restantes modelos registou-se a perda, entre outros, de 28 Cessna, 16 Antonov, 13 De Haviland Canada, sete Beechcraft, sete Piper, sete Rockwell, seis Lockheed e outros tantos PZL-Mielec.
Os levantamentos dizem ainda que 21 dos acidentes verificados ocorreram com aviões de linha, 19 foram com voos charter, 23 com aeronaves privadas, nove com aparelhos de recreio, três com voos sanitários, outros tantos com voos de carácter humanitário e 18 referentes a transporte de militares.
América do Norte, com 32 por cento dos acidentes (45 nos EUA e cinco no Canadá), foi o continente com maior número de desastres com aeronaves. Seguem-se, por ordem decrescente: África, com 18 por cento do total (só no Congo foram 11 e no Sudão seis);
Ásia, com 17 por cento; América do Sul, com 12 por cento; Europa, com 11 por cento; América Central, com oito por cento; e a Oceânia, com dois por cento.
O acidente mais mortífero teve lugar na Ucrânia, onde a queda de um Tupolev-154 fez em Agosto 170 vítimas. O avião, da companhia aérea russa Pulkovo Airlines, tinha como destino o aeroporto de São Petersburgo, na Rússia. Partira de Anapa, uma estância balnear no mar Negro. Muitas da vítimas eram crianças que regressavam de férias para o início das aulas.
De acordo com o director do Gabinete de Arquivos de Acidentes Aeronáuticos, Ronan Hubert, citado pela AFP, a confiança dos passageiros no transporte aéreo tem vindo a ser reforçada. Só entre 2001 e o ano passado houve um acréscimo de 1,5 mil milhões, para quatro mil milhões, de pessoas a viajar.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter