Com as declarações de Joseph Ratzinger ou Bento XVI que, além de ser o administrador do patrimônio considerável da Igreja Católica; chefe do Estado do Vaticano, é também, o líder espiritual de aproximadamente 1 bilhão de pessoas, não é de se admirar o alto nível de rejeição ao seu nome como candidato ao papado, em seu próprio país. Aparentemente, os ensinamentos absorvidos na Juventude Hitlerista, não foram de todo expurgados, como a superioridade da raça ariana e por analogia, a superioridade da religião católica sobre as demais, principalmente a muçulmana.
Agora, percebe-se também, que era adequado o cargo que exercia na Igreja antes doa eleição: a Congregação da Doutrina da Fé, antigo Tribunal do Santo Ofício o que significa que ele ficaria feliz se possuísse os mesmos poderes que a /Congregação tinha a 300 anos e, ao contrário de condenar o teólogo da libertação, frei Leonardo Boff cujas idéias eram marxistas demais para a igreja, ao silêncio, condená-lo-ia com prazer, a morrer na chama purificadora.
Joseph Ratzinger deveria ter a percepção, tendo em vista seu alto grau de intelectualidade, que alguém na sua posição ao criticar a religião islâmica, poderia desencadear uma grande reação adversa como está ocorrendo. Os muçulmanos árabes, indos e afros, são instáveis emocionalmente, como comprova a história recente do islã. Ratzinger deveria se lembrar, por exemplo, que o antigo líder iraniano, Aiatolah khomeini condenou à morte o escritor britânico Salmasn Rishdie por seu livro Versos Satânicos insultar o islã e que recentemente, simples caricaturas de Mohamed estampadas em jornais da Europa, desencadearam uma série de protestos no mundo islâmico, o que significa que algo que parece simples para os católicos não o é para os muçulmanos e nada poderia ser pior para um muçulmano que criticar diretamente o profeta.
Mohamed ao escrever o Corão e fundar a doutrina tão c4ritaca por Manoel II e endossada por Bento XVI, talvez tenha se inspirado no Deus da bíblia católica que somente existiu na imaginação do autor ou autores dos livros iniciais do Antigo Testamento, que foi um Deus ruim, pois destruiu Sodoma e Gomorra, patrocinou o dilúvio, abriu o mar Vermelho para Moisés e seu povo passarem e derrotou os exércitos do faraó; destruiu as muralhas de Jericó e deteve o sol para que Josué pudesse derrotar os inimigos. Tudo isso é apenas obra de um homem dono de uma grande imaginação, mas para Mohamed, se Deus é capaz de destruir dessa forma, é capaz de apoiar uma Jihad.
Ratzinger também critica a teoria da evolução darwiniana e apóia a tese bíblica de que todos os homens descendem de Adão que de sua costela tirou sua mulher Eva e teve apenas dois filhos homens e que um matou o outro. Por este evento a humanidade não deveria existir e se Adão tivesse filhas teria que haver incesto, para que a criação do homem continuasse, mas este fato foi sanado, pois, segundo a Bíblia, Caim o assassino - encontrou sua mulher que talvez tenha sido tirada também de sua costela.
A propósito, são muito interessantes os eventos bíblicos do Antigo Testamento. É interessante, por exemplo, perceber que nenhum dos grandes patriarcas bíblicos, nem mesmo Adão, teve filhas a a exceção de Ló - o sobrinho de Abraão - que segundo a Bíblia teve duas filhas que não tinham nomes como os homens da Bíblia e que embebedaram seu pais para procriarem. Isto porque o autor do Antigo Testamento que era dono de uma grande imaginação, vivera em uma sociedade em que mulheres eram renegadas a segundo plano como era o Japão até recentemente.
Esta ridícula passagem da Bíblia serviu para justificar a existência de duas tribos que, provavelmente, eram inimigas da tribo dos homens donos de uma grande imaginação: os Amonitas e Moabitas. Assim como os autores desta passagem da Bíblia poderiam nominar as filhas de Ló, poderiam também numinrar os faraós que atuaram na Bíblia o inimigo de Moisés e o que acolheu José do Egito - que deveriam ser tão insignificantes que nem mereciam ser nomeados.
Assim como o homem não descende de Adão, não houve um dilúvio e os homens não passaram a descender de Noé que não teve a duríssima tarefa de percorrer o mundo procurando casais de animais para a arca,; os homens não falam idiomas diferentes por causa da Torre de Babel. Deus que é somente amor e benevolência, não destruiu Sodoma e não abriu o Mar Vermelho para Moisés passar com seu povo e, consequentemente, os exércitos do faraó sem nome, não morreram afogados e o que é mais importante: Deus não escolheu o povo de Israel para guia-lo até a terra prometida destruindo todos os seus inimigos.
Quanto ao malfadado livro O Código da Vinci que Ratzinger provavelmente gostaria de fazer como Hitler em 1938 e promover a queima pública destes livros na Praça São Pedro, em Roma, pode ter um fundo de verdade, pois Jesus declarou que não vinha para derrogar a lei, mas para cumpri-la. A lei natural dos homens era se casar e ter filhos. Jesus que primeiramente, não tinha cabelos longos, possivelmente já estava casado quando iniciou Sua peregrinação, com um casamento arranjado entre famílias como era o costume e não necessariamente com Maria Madalena.
Quando Jesus Cristo declarou que não derrogaria a lei, referia-se também, aos milagres. .Jesus provavelmente era um homem com cem por cento da capacidade cerebral. Alguém com tal habilidade, pode controlar a matéria e cura doenças, mas não ressuscita mortos. Pode, por exemplo, transformar água em vinho como em Qana. Lázaro não estava morto, como declarou o brasileiro que afirma ser a reencarnação de Cristo, INRI Cristo, Lázaro tinha catalepsia que é a doença que paralisa as funções e pode ser interpretada como morte. Isto é óbvio, se as escrituras são confiáveis, pois milagres como a multiplicação de pãés e peixe3s e andar sobre as águas, nem o homem com capacidade cerebral total, não conseguiria..
A declaração, no entanto, mais bizarra e a que mais aproxima Ratzinger da doutrina da Juventude hitlerista, foi a proferida na visita ao campo de concentração nazista de Auschwitz, quando indagou porque Deus havia ficado em silêncio diante daquele evento. Ratzinger deve ter lido muito Nietszche que era o livro de cabeceira de seu ex-líder Adolf Hitler, pois se Deus estava morto como apregoava Nietszche, Ele provavelmente não ouviria os lamentos dos judeus e não poderia interceder em seu favor.
A Igreja Católica e uma instituição historicamente controvertida, envolvendo toda a sorte de eventos sórdidos. Por exemplo, no mesmo trono de São Pedro em que se sentaram João Paulo II e agora Bento XVI, sentou-se Rodrigo Borgia ou Alexandre VI no tempo em que se vendiam indulgências e não há razão para imaginar que atualmente, muita coisa se modificou. Por envolver disputa pelo poder e um considerável volume de recursos financeiros capaz de doar US$ 6 milhões às vítimas dos tsunami na Ásia, a Igreja Católica é tão cheia de vícios como qualquer país dirigido por políticos. Há corrupção, desmandos e também crimes bárbaros como os natureza sexual, ocorridos recentemente nos EUA.
Joseph Ratzinger foi eleito Papa, não por inspiração do Espírito Santo como apregoam os cardeais, mas pela ligação com Carol Wojtyla em face do mutuo sentimento anticomunista, pois tanto Wojtyla quanto Raatzinger queriam ver seus países livres dos grilhões de Moscow. Ratzinger foi eleito também porque já tinha uma idade avançada e, para as conveniências da Igreja, não pode haver um pontificado tão longo quanto o de Carol Wojtyla.
Ao contrário de Wojtyla, Ratzinger não está pronto a abrir diálogo com outras religiões, especialmente com o islamismo, porque Ratzinger despreza muçulmanos. Wojtyla, por exemplo, desculpou-se pelas cruzadas, mas Ratzinger as santificou o que significa que deu razão a Mohamed, pois se á guerra para libertar a terra santa dos sarracenos, foi santificada então, é também santificada a guerra para expulsar os judeus da mesma Israel e expulsar infiéis de qualquer solo sagrado, como os norte-americanos no Iraque.
Ratzinger quer implantar uma Nova Ordem no Vaticano.
José Schettini
Petrópolis
BRASIL
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