Todos os dias morre em média um milhar de pessoas no mundo por disparos de armas ligeiras, de acordo com um relatório divulgado hoje em Londres pela Rede Internacional de Acção contra as Armas Ligeiras (IANSA). Pistolas, revólveres, metralhadoras ligeiras e lança-granadas "matam, ferem e mutilam cerca de um milhão de pessoas anualmente", precisou a directora da organização, Rebecca Peters. O relatório destaca que são civis quem detém cerca de 60 por cento das armas ligeiras, contra 40 por cento atribuídas a militares e polícias.
A IANSA apela para a promulgação de legislação mais eficaz para controlar a circulação deste tipo de armamento, sublinhando que a maioria das armas traficadas foi legalmente construída e comercializada. Segundo a IANSA, grupo de pressão com 700 associações no mundo, a proliferação de armas ligeiras não poupa nenhuma região do planeta. Nos Estados Unidos estão contabilizadas de 248 a 286 milhões, no Médio Oriente de 58 a 107 milhões, na Europa 84 milhões, na América Latina de 45 a 80 milhões, no nordeste asiático de 22 a 42 milhões e, na África subsaariana 30 milhões.
Este documento foi divulgado a três dias do congresso anual do "lobby" norte-americano do armamento, a "National Rifle Association" (NRA), com uma considerável influência naquela país, onde existem 96 armas por cada 10 habitantes. Nas Nações Unidas (ONU) está previsto um debate entre 26 de Junho e 07 de Julho sobre a eventual revisão do plano de 2001 contra o comércio internacional ilegal de 640 milhões de armas ligeiras no mundo.
Segundo "Jornal de Notícias"
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter