Segundo o deputado da Duma Oleg Smolin, a Rússia não recebeu os benefícios que deveria receber da participação no sistema de Bolonha.
Smolin salientou que nos últimos anos a Rússia implementou activamente o conceito de serviços educativos, o que é "realmente errado", forçando os professores ao papel de "criados".
A Rússia também não viu a expansão da autonomia das IES, que o sistema de Bolonha implica, pelo contrário, só tem sido limitada em todos os anos recentes.
Outro "plus" - a flexibilidade dos programas - acabou por se revelar uma "espada de dois gumes", observou o deputado. Smolin explicou que é bom quando um estudante aprofunda os seus conhecimentos num programa de mestrado na sua área de estudo, no qual recebeu um diploma de bacharelato. E é muito mau, segundo o deputado, quando um estudante "sem ideia do que educação" recebe então um mestrado noutra especialidade, acabando por ter a oportunidade, por exemplo, de trabalhar com crianças, não entendendo o que fazer com elas.
"O bacharelato, comparado com um ensino especializado tradicional, reduz significativamente a qualidade do ensino. Em quatro anos, um bacharelato recebe 40% menos aulas especiais porque estuda durante um ano a menos. O programa de graduação é mais amplo, mas também mais superficial do que o programa especializado. Um especialista é como um jarro, profundo e alto, e um solteiro é como um prato, largo e raso", Smolin expressou a sua opinião numa conversa com o Public Service News.
O deputado salientou que era impossível entrar no processo de Bolonha "sem razão, de forma forçada", a participação no mesmo deveria ser voluntária. Manifestou confiança em que a Federação Russa voltaria à especialidade.
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