Proposta de compra da Embraer pela Boeing americana: "Soberania não se vende..."
Por : Pettersen Filho
Corre na Mídia em geral boato de que a Gigante do Ar Americana, as Indústrias Boeing, maior fabricante de Jatos Comerciais do Mundo, também produtora de aviões militares de última geração, assombrada com o vertiginoso crescimento do Consórcio Europeu Airbus, predominantemente Francês, Alemão e Inglês, teria demonstrado interesse na aquisição da Embraer brasileira, ascendente construtora de Jatos Comerciais de Médio Porte, também sucinta tecnologia militar, a fim de abafar a sua concorrente.
Proposta que assemelha-se com a de uma feita por Homem Casado à uma Menina Moça, que jamais alijará como a sua definitiva Esposa, com quem contraiu históricos interesses, no caso os EUA, a fim de desposar a Ninfeta, soa-nos muito mais a uma tentativa de Aquisição, para posterior desativação, retirando do Mercado, em uma só tacada, uma Empresa que já começa ameaçar a própria Boeing, seja no filão de jatos Executivos ou de Médio Porte, ou seja no Estratégico Mercado Militar, com a tecnologia assimilada pelo novo Cargueiro 390 da Embraer, ou seja no Know How a ser adquirido com os Caças Suecos Griphem.
Filhote dos mais proeminentes do Regime Militar, e do antigo sonho despojado do Brasil de ter Independência Militar, e ser Potência Regional, a Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica, hoje parcialmente privada, assim como outros sucessos comerciais, e tecnológicos da sua Época, Engesa, Celma, Avibrás, Nuclebras, hoje, estranhamente, desmantelados ou adormecidos pelos Governos Civis, nasceu nos próprios seios do Governo, ou apoiados por ele, no caso, dentro de institutos de Pesquisa, como o CTA - Centro de Tecnológico da Aeronáutica, ITA, e similares, primeiro com o modesto avião agrícola Ipanema, depois com o saudoso turboélice de passageiros Bandeirante, passando pela assimilação do Jato Militar Xavante, de tecnologia Italiana, até chegar no Supertucano, de treinamento e ataque, e o Jato de Combate AMX, projeto Brasil/Itália, ainda enquanto Estatal, até desencadear nos atuais jatos de passageiros de Porte Médio 175/190.
Setor sensível de Tecnologia, onde interesse de Soberania Nacional, e Mercado andam juntos, inegável sucesso, a Embraer, exibe-nos a História, assistiu ao longo dos seus últimos anos, vendas consumadas, e estratégias de alianças políticas do Brasil, serem vetadas pelos EUA, na venda de aviões, seja para Venezuela ou para o Iraque, tão logo fossem contrárias a esses, e o próprio Sonda IV, e toda a Equipe de Engenheiros de Alcântara serem explodidos...
Por que a Boeing, indolente e presunçosa, não vai fazer essa proposta mirabolante para Empresas Estatais de Países Soberanos, como a Dessaut Francesa ou a SukKoi, Russa, onde se arriscam, em nome da Soberania Nacional desses, levar um sonoro Não !?
Estaria, como dizem alguns, diante da fragilidade Política e Econômica, o Brasil realmente à venda ?
Me respondam, então, os patrióticos Militares brasileiros, adormecidos em suas Casernas, mesmo diante da eloquência da Lava Jato e da Alienação da Petrobrás.!
Antuérpio Pettersen Filho, membro da IWA - International Writers and Artists Association, é advogado militante e assessor jurídico da ABDIC - Associação Brasileira de Defesa do Individuo e da Cidadania, que ora escreve na qualidade de editor do periódico eletrônico "Jornal Grito do Cidadã", sendo a atual crônica sua mera opinião pessoal, não significando necessariamente a posição da Associação, nem do assessor jurídico da ABDIC.
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