É já no próximo sábado, dia 25 de Junho de 2005, a homenagem a Vasco de Carvalho, secretário-geral interino do PCP em 1940/2.
Será às 16 horas, no auditório da Biblioteca Museu República e Resistência (Espaço Cidade Universitária), em Lisboa. A homenagem consistirá numa série de testemunhos acerca de todo o percurso cívico e político de Vasco de Carvalho:
Pilar Batista Ribeiro, falará do contacto que teve com Vasco de Carvalho no Socorro Vermelho Internacional - recorde-se que Vasco de Carvalho foi dirigente do SVI de 1934 a 1939;
José Pacheco Pereira, falará do papel de Vasco de Carvalho no PCP e na oposição ao fascismo, enquanto historiador - que contou com a colaboração activa de VC na sua biografia de Álvaro Cunhal;
Lurdes Correia, irmã do recentemente falecido Edgar Correia e filha de um dos principais colaboradores de Vasco de Carvalho na direcção do PCP, transmitirá o testemunho de seus pais;
José Hipólito dos Santos falará do contacto que teve com Vasco de Carvalho no Ateneu Cooperativo (antiga Fraternidade Operária de Lisboa) e na direcção da Associação dos Inquilinos Lisbonenses (associação onde Vasco de Carvalho viveu intensamente a Revolução de Abril, nomeadamente nos processos de ocupações de casas);
Lúcia Nobre, falará do contacto que teve com Vasco de Carvalho na redacção do Boletim Cooperativista;
Isabel Rebelo, falará do contacto que teve com Vasco de Carvalho na cooperativa SEIES Manuel de Campos, presidente do Instituto António Sérgio do Sector Cooperativo, falará concontributo de VC para o cooperativismo português e da importância deste.
Luís Carvalho falará do contributo de Vasco de Cravalho para a causa do comunismo.
Vasco de Carvalho terá uma intervenção de agradecimento da homenagem e sobre o presente e futuro do comunismo.
Recorde-se que Vasco de Carvalho foi injustamente acusado de ser um provocador ao serviço da PIDE e expulso do partido com base nessa acusação. Em Fevereiro de 1942 foi preso pela mesma PIDE, passando dois anos e meio em Caxias, Aljube e Peniche.
Quando saiu da prisão não quis mais nada com o PCP mas nunca deixou de ser comunista e de lutar por tal ideal.
Álvaro Cunhal veio em 1985, no seu livro O Partido com Paredes de Vidro, e mais tarde noutros textos, reconhecer publicamente que as acusações dirigidas a Vasco de Carvalho não tinham fundamento algum e que constituiram um grave erro.
Uma série de personalidades de vários quadrantes do comunismo e da esuqerda foram convidadas a apadrinhar esta iniciativa com o seu nome numa Comissão de Honra. Aceitaram pessoas do PCP, do BE, do PS, da Renovação Comunista, do Partido Humanista, dirigentes sindicais. Tais como: Carlos Brito e Carlos Luís Figueira; Mário Tomé, Joana Amaral Dias e Helena Pinto; Fernando Medina (actual secretário de estado do emprego e formação profissional), Mário Sottomayor Cardia, Edmundo Pedro e Raimundo Narciso; José António Tavares, João Goulão Alfredo Flores e Elvira Nereu; Cipriano Justo, João Semedo e Paulo Fidalgo; Mário Jorge Neves, António Avelãs e Viriato Jordão; e outras pessoas como o director da edição online em língua portuguesa do jornal Pravda, Timothy Bancroft-Hinchey ou o advogado casapiano Adelino Granja. Esta homenagem tem como objectivo contribuir para a reparação do bom nome de Vasco de Carvalho, manchado com as falsas acusações de provocação ao serviço da PVDE no início dos anos 40; e para que tenha ainda em vida um mínimo de reconhecimento por tudo o que fez pela democracia, pela liberdade, pela justiça social, pelo comunismo.
Luís Carvalho
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