O Centro de Pesquisa de Manhica, Maputo, revelou hoje que testes no produto RTS/AS02A, uma vacina contra o paludismo (malária) mostraram resultados positivos, sendo eficaz e seguro para administrar a humanos.
Assim o flagelo de Moçambique e de vários países na África poderá ter os dias contados. Em Moçambique cerca de 40% das camas nas unidades pediátricas são ocupadas por doentes com malária, enquanto entre 40 a 60% dos doentes em todas as unidades de saúde padecem desta doença. O potencial é enorme.
O continente africano gaste uns 12 bilhões de USD por ano em programas de prevenção contra a malária, que mata entre um e três milhões de pessoas todos os anos.
Os resultados dos testes foram revelados ontem, 14 de Outubro, numa conferência de imprensa pelo Ministro de Saúde de Moçambique, Francisco Songane.
Os testes foram feitos em 2.022 crianças entre 1 e 4 anos e mostraram uma eficácia de 30% sobre as crianças com casos de malária, com sintomas, uma eficácia de 45% em crianças com casos sem sintomas e uma eficácia de 58% em casos de malária graves.
Os testes demonstram que o produto protege as crianças contra a doença por seis meses, na maioria dos casos.
GlaxoSmithKline e MVI financiaram os testes, que foram aprovados pelo Ministério de Saúde de Moçambique. O produto agora tem de entrar no processo de registo para ser utilizado como vacina internacionalmente.
Bento MOREIRA PRAVDA.Ru MAPUTO MOÇAMBIQUE
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