Depois de uma derrota política humilhante nas Europeias e a crise económica instalada, e depois de ter passado mais de dois anos a pedir sacrifícios aos portugueses, Durão Barroso, à primeira oportunidade, abandonou o barco por um cargo mais apetecível. Nisto, foi o oposto do primeiro-ministro luxemburguês, que declinou o convite, afirmando que tinha um compromisso com os seus eleitores.
Vale a pena recordar estas frases de Durão Barroso, há dois anos e meio:
"Aquilo que está em causa em 17 de Março é saber se o governo deve ser de quatro meses ou de quatro anos"
15 de Março de 2002 - Durão Barroso
"Não vou desistir no Governo, tal como não desisti na oposição, enquanto não fizer de Portugal um País mais avançado"
11 de Março de 2002 - Durão Barroso em Coimbra
"Pelo meu lado, farei tudo o que estiver ao meu alcance para dar a Portugal uma situação de estabilidade e de segurança"
17 de Março de 2002 - Durão Barroso no discurso de vitória
"Mais importante do que qualquer partido é Portugal. (...) Portugal pode contar comigo"
15 de Março de 2002 - Durão Barroso em Lisboa
Perante a fuga de Durão Barroso, o Bloco de Esquerda reafirma a ilegitimidade de qualquer solução de novo governo que não passe pela convocação de eleições antecipadas.
Bloco de Esquerda
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