Todos vocês se lembram, ainda há poucos dias das declarações de Durão Barroso, a respeito da sua eventual candidatura para Presidente da Comissão da União Europeia.
Todos se lembram de ele dizer, urbi et orbi, que não era candidato.
Todos se lembram de ele dizer que apoiava o António Vitorino, comissário europeu do PS ( Partido socialista) para aquele cargo.
Era o namoro do PSD ( Partido social-democrata) ao PS ( Partido socialista) e vice-versa.
Era o consenso da social-democracia entre os tons rosa ( cor oficial do Partido socialista) e os tons laranja ( cor oficial do Partido social-democrata).
De repente…voilá!!!
Durão é o candidato dos países da União ao cargo e ocupar!
Ate parece, para os mais desprevenidos, que tudo se passou de repente, no espaço de uma semana apenas!!!
Até parece um passe de mágica, um estalar de dedos de um qualquer Houndini!
É claro que nada foi assim.
É claro que as coisas já andavam, “por debaixo da mesa” , a ser tratadas entre os governos dos Países da União.
É óbvio.
É elementar.
Ora como todos sabemos, a maioria dos Países da União tem, neste momento governos sociais-democratas da área a que pertence Durão Barroso.
Assim, já era por demais evidente que António Vitorino, pertencente a uma área política diferente, poucas ou nenhumas hipóteses teria para ocupar tal cargo.
Apesar das insistentes declarações de Durão Barroso de que o apoiaria incondicionalmente.
Tretas!!!
Vista a questão agora, depois de Durão já ter “descoberto” o jogo ao aceitar ( pois, nesta fase em que já tem o acordo da maioria dos governos europeus, já não pode dizer que não, como fez de forma honesta, em tempo e de forma clara, o primeiro-ministro do Luxemburgo, se não quiser passar por um ridículo político monumental) – embora diga publicamente que não deu ainda a última palavra – as coisas talvez se possam pôr de outra maneira.
Durão está-se nas tintas para o governo de Portugal.
Corre apenas pela sua carreira política.
E essa, como Presidente da Comissão Europeia, torna-se muito mais importante.
O nome de António Vitorino serviu a Durão “às mil maravilhas” como a lebre que se põe a correr à frente dos galgos lançados numa corrida.
E o PS engoliu a patranha de uma forma infantil.
Inocente.
Foi “papado” pela direita
Mais uma vez!
E não aprende….
É questão para (re)dizer,
- Também tu Brutus?
E agora, Santana Lopes já se “lambe” ao antever a sua nomeação como primeiro-ministro do governo de Portugal.
Como se tivesse feito parte das listas a deputados a sufrágio há dois anos.
Como se tivesse sido ele a ser apresentado ao Povo Português aquando das eleições!
Também ele corre apenas pela sua carreira política e ser primeiro-ministro é um cargo bem mais importante do que o de presidente da câmara de Lisboa.
Vaidoso como é, que até já se proclamou candidato às próximas eleições à presidência da república mesmo sem aprovação do seu próprio partido, não é de estranhar que esteja radiante com a perspectiva de um cargo de primeiro-ministro “caído dos céus”!
A ética política para esta gente não existe!
Existem os “tachos”.
Quanto maiores…melhores!!!
Espero que o Presidente da República cumpra o seu dever, dissolvendo a Assembleia da República e devolvendo ao Povo Português o direito a pronunciar-se sobre todo este imbróglio.
É o mínimo que se pede ao Senhor Presidente da República .
George
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