O actual Ministro do Ambiente, autorizando a construção de um barragem rejeitada por um parecer do próprio Instituto de Conservação da Natureza parecer esse solicitado pelo próprio governo demonstra que, por mais mudanças que se sucedam na pasta do Ambiente, a protecção ambiental sai sempre prejudicada quando confrontada com qualquer putativo interesse económico de curto prazo neste caso, o da EDP.
Apesar do rio Sabor ser o último rio selvagem português, o ministro Arlindo Cunha não hesitou em desvalorizar os argumentos que demonstram que o contributo de uma barragem no Baixo Sabor para a energia consumida no país não ultrapassa os 0,6%. Se o governo desejasse contribuir para o cumprimento das metas nacionais prevista no protocolo de Quioto, encontraria facilmente soluções mais económicas e sem danos para o ambiente se desenvolvesse um simples plano de poupança nacional economicamente viável.
O Bloco de Esquerda, através do deputado Luís Fazenda, apresentou hoje um requerimento ao Ministério do Ambiente, Cidades e Ordenamento do Território, pretendendo conhecer quais os critérios seguidos pelo Ministério do Ambiente para autorizar a construção de uma barragem no último rio selvagem em território nacional e que contraria o parecer do instituto responsável pelas actividades nacionais nos domínios da conservação da natureza e da gestão das áreas protegidas.
Bloco de Esquerda
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