O Espírito Santo transforma-se, verdadeiramente, em face da confirmação de investimentos que nos próximos 05 anos irão atingir cerca de 25 bilhões de reais, apenas na esteira das quatro grandes corporações empresariais Companhia Siderúrgica de Tubarão, Vale do Rio Doce, Aracruz Celulose e Petrobrás - , cujos planos de expansão superam todas as mais recentes expectativas, num Estuário de Prosperidade.
Registramos, anteriormente, que cerca de 70 empresas do país e do exterior, em função da agregação de tantas oportunidades nas áreas de petróleo, gás, celuloso e produtos siderúrgicos, planejam investir mais 6,9 bilhões de reais, ampliando o leque de empregos para o período, de 23 mil novos postos .
Os desafios são imensos no contraponto das perspectivas de desenvolvimento que se abrem para o Espírito Santo, sem favor a fronteira mais segura e viável em termos de aplicações no Brasil. Toda a infraestrutura do Estado, seus serviços essenciais , estão sendo definidos e acelerados para que suportem, no curso dos próximos 10 anos todas as exigências desta profunda modificação empresarial e industrial.
Num relance e apenas para dar uma imagem competitiva e real ao processo de afirmação do Estado, que planta-se sobre projeções nacionais com reconhecida liderança, é oportuno destacar algumas das mais recentes conquistas: a Vale do Rio Doce, por exemplo, acabou de assinar o maior contrato de longo prazo de sua história, com o Grupo Arcelor, para fornecer 20 milhões de toneladas anuais de minério de ferro até o ano de 2009. Ao lado deste contrato a CVRD já mantém firme contratos de fornecimento de minérios com a Companhia Siderúrgica de Tubarão e Acesita que cobrem os próximos 10 anos. Paralelamente a empresa também assinou contrato com o Grupo Corus, da Holanda, para o fornecimento de mais 10 milhões de toneladas anuais de minério, até 2014. São no seu conjunto a base segura que sustenta todo o processo de investimento da empresa.
Ganhou expressão a recente palestra feita pelo economista José Mendonça de Barros, ex-Diretor do Banco Central e um dos mais respeitados analistas econômicos do país, em Vitória, quando afirmou que a economia brasileira crescerá em 2004 impulsionada pelos segmentos do agro-negócio, dos minérios e metais e pelo petróleo e gás. Completou suas declarações, destacando que o Espírito Santo é o Estado do país que detém todos os três fatores já viabilizados e definidos.
Também já registramos apesar de agora ter surgido uma dilatação no prazo de implantação da refinaria que é tido como certa a associação de capitais soviéticos ou japoneses, ao lado da Petrobrás, visando a instalação da referida unidade no Espírito Santo.
A Diretoria da Petrobrás vem mantendo com os grupos ITERA e GASPROM, da Rússia, desde dezembro do ano passado avançados entendimentos sobre a refinaria. Da mesma forma o Governador Paulo Hartung anuncia que também grupos japoneses estariam interessados no projeto da refinaria. É uma corrida de gigantes, com investimentos básicos que devem superar, com o gasoduto programado, mais de 3,5 bilhões de dólares.
O agro-negócio em termos capixabas revela-se, também, um fator positivo de crescimento, com inúmeras oportunidades de parcerias, destacadamente nas áreas de sucos, borracha, cereais, alimentos orgânicos, pesca, móveis e fruticultura, com os novos pólos que estão sendo criados, revelando o setor um crescimento em 2003 da ordem de 74,5%, enquanto o país como um todo cresceu apenas 27%.
O Espírito Santo, portanto, está preparado para vencer o desafio da diversificação, garantindo, sem dúvida, a ampliação dos mercados internos.
J.C.Monjardim Cavalcanti ([email protected])
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