Ílhavo - o PEV exige a remoção das placas contendo amianto e reabilitação da Escola Secundária Dr. João Celestino Gomes
O Partido Ecologista Os Verdes entregou na Assembleia da República um Projeto de Resolução onde Recomenda ao Governo que tome as medidas necessárias para a urgente remoção das placas de fibrocimento contendo amianto e à requalificação da Escola Secundária de Ílhavo, indispensáveis à concretização do direito à educação e como forma de proporcionar condições dignificantes a toda a comunidade escolar que a frequenta.
Esta escola secundária, frequentada por mais de 500 alunos, professores e auxiliares, não apresenta as necessárias condições de conforto e até mesmo de segurança exigíveis, facto que compromete a própria aprendizagem e merece a preocupação dos alunos e o trabalho dos professores e auxiliares, situação que leva a que muitos alunos do município de Ílhavo optem por estudar nas escolas de Aveiro.
Projetos de Resolução |
07/03/2019
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 2027/XIII/4ª - REMOÇÃO DAS PLACAS CONTENDO AMIANTO E REABILITAÇÃO DA ESCOLA SECUNDÁRIA DR. JOÃO CARLOS CELESTINO GOMES, EM ÍLHAVO
A Escola Secundária Dr. João Carlos Celestino Gomes, no município de Ílhavo (distrito de Aveiro) foi construída na década de 60 e reformulada no início dos anos 80 do século passado. Esta escola é sede do Agrupamento de Escolas de Ílhavo que integra atualmente nove estabelecimentos de ensino deste concelho.
Os edifícios da escola secundária, bem como o espaço envolvente, ao longo dos últimos 37 anos nunca foram submetidos a uma intervenção de fundo, ao contrário de muitas escolas secundárias do distrito e do país, que apresentavam até melhores condições e que mereceram intervenção no âmbito das obras realizadas pela Parque Escolar.
Esta escola que tem hoje cerca de 500 alunos do 8º ao 12º ano encontra-se num processo acelerado de degradação, apresentando um conjunto de problemas que têm suscitado a preocupação por parte da respetiva comunidade escolar.
De entre os vários problemas que os edifícios apresentam destacam-se: as infiltrações e humidades nos tetos; acessibilidades e segurança; parte de piso irregular e sem tijoleiras; falta de aquecimento; e, mau isolamento térmico, nomeadamente falta de vidros duplos, que conduz a perdas significativas de temperatura.
Um outro problema, semelhante ao que ocorre em escolas com a mesma idade que não foram requalificadas, está relacionado com as deficiências das canalizações de água, tubagem dos esgotos, rede elétrica, bem como apresenta espaços inadequados para as suas funções e mobiliário obsoleto.
A associar às deficiências descritas anteriormente uma das maiores preocupações da comunidade escolar está relacionada com o facto deste estabelecimento de ensino possuir ainda a sua cobertura original em fibrocimento, contendo amianto, em grande parte dos seus edifícios.
O amianto é, como se sabe, uma substância cuja inalação de partículas pode provocar cancro do pulmão e outras doenças respiratórias. Sendo o amianto altamente perigoso para a saúde pública a sua comercialização e a sua utilização foram proibidas no nosso país, em 2005. No entanto, a constatação da sua existência, sobretudo nos edificados dos anos 70 e 80, motivou o Partido Ecologista Os Verdes a apresentar um Projeto de Lei, que viria a dar origem à Lei n.º 2/2011, de 9 de fevereiro, com base na qual o governo ficou obrigado a proceder no sentido da realização de uma listagem de edifícios públicos que contêm amianto, bem como da elaboração de um plano para a sua remoção tais como dos estabelecimentos de ensino públicos.
Em 2018 o Governo anunciou que iria avançar para intervenções pontuais mais urgentes nos edifícios da Escola Secundária Dr. José Carlos Celestino Gomes, ainda nesse ano, e que perspetivava ações estruturais e profundas nos dois anos seguintes, contudo não se vislumbra para já tal intervenção estrutural, a começar pela remoção das placas de fibrocimento que contêm amianto.
Esta escola secundária, frequentada por mais de 500 alunos, professores e auxiliares, não apresenta as necessárias condições de conforto e até mesmo de segurança exigíveis, facto que compromete a própria aprendizagem e merece a preocupação dos alunos e o trabalho dos professores e auxiliares, situação que leva a que muitos alunos do município de Ílhavo optem por estudar nas escolas de Aveiro.
Pelo que fica dito, Os Verdes consideram que a Escola Secundária, sede do Agrupamento de Escolas de Ílhavo, deve ser alvo de obras urgentes para a remoção das placas contendo amianto e de reabilitação dos edifícios, indispensáveis à concretização do direito à educação e como forma de proporcionar condições dignificantes a toda a comunidade escolar.
Assim, nos termos constitucionais e regimentais aplicáveis, os deputados do Grupo Parlamentar do Partido Ecologista Os Verdes, apresentam o seguinte Projeto de Resolução:
A Assembleia da República recomenda ao Governo que tome as medidas necessárias para a urgente remoção das placas de fibrocimento contendo amianto e à requalificação da Escola Secundária de Ílhavo, indispensáveis à concretização do direito à educação e como forma de proporcionar condições dignificantes a toda a comunidade escolar que a frequenta.
Acompanhe aqui a evolução deste Projeto de Resolução.
PEV
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