O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, no final da tarde da sexta-feira, o nome dos ministros que fazem parte da reforma ministerial que acomoda o PMDB em duas pastas do primeiro escalão do governo. Antes de anunciar os nomes, o presidente fez questão de frisar que espera que, este ano, seja possível aperfeiçoar as conquistas do ano de 2003.
O ministro Jaques Wagner, que respondia pelo Ministério do Trabalho e Emprego, assume a Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Social, que era de responsabilidade do ministro Tarso Genro. Genro, por sua vez, assume a pasta da Educação, que estava sob o comando de Cristovam Buarque. Este reassume sua vaga de senador.
O Ministério do Trabalho e Emprego ficará sob a responsabilidade de Ricardo Berzoini, que respondia pelo Ministério da Previdência Social. O deputado federal Patrus Ananias (PT-MG) foi o escolhido para assumir o novo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) deixa a liderança do governo na Câmara e assume a Secretaria de Coordenação Política e Assuntos Institucionais, recebendo parte das funções que eram do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu. Segundo Lula, Dirceu continua responsável pela administração interna de governo, e Rebelo assume as relações institucionais.
A médica Nilcéia Freire, ex-reitora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), assume a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres em substituição a Emília Fernandes.
O Ministério da Ciência e Tecnologia ficará sob responsabilidade de Eduardo Campos (PSB), que assume em substituição a Roberto Amaral, também do PSB.
PMDB
Lula anunciou oficialmente a entrada do PMDB à base do governo e os nomes dos mnistérios assumidos pelo partido. O deputado Eunício Oliveira assume o Ministério das Comunicações em substituição ao deputado Miro Teixeira (sem partido), que deverá ser o líder do governo na Câmara. Outro peemedebista é o senador Amir Lando, que assume a Previdência Social.
Para o presidente, o reencontro do PT com o PMDB é mais que uma aliança política. "Até porque, como muitos militantes históricos do PT pertenceram um dia ao velho partidão [Partido Comunista Brasileiro], um dia, muitos de nós estávamos no PMDB", afirmou.
Segundo Lula, os dois partidos mantêm divergências, mas a aliança política, lembrou, "se dá no momento em que as pessoas estabelecem pontos comuns de ação e trabalho". "O PT compreendeu a necessidade de ter o PMDB como participante da base de sustentação do governo para que pudéssemos não só aprovar as reformas, mas ter tranquilidade na governabilidade do país."
Ainda para justificar a aliança, o presidente disse que é preciso compreender que a realidade política, quando se governa um país do tamanho do Brasil, tem que abarcar toda a heterogeneidade da sociedade. "A sociedade é mais heterogênea que os partidos políticos e que as correntes dos partidos. Ou compreendemos isso e nos articulamos para sair da fase do eu acho para a fase do eu faço, ou não governaremos nenhuma cidade, nenhum Estado nem, muito menos, um país do tamanho do Brasil", disse.
Lula destacou ainda o papel do presidente nacional do PT, José Genoino, e do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, como articuladores políticos "que foram de uma grandeza incapaz de se mensurar".
Partido dos Trabalhadores
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