Recomenda ao Governo a realização da identificação das consequências dos cortes no Serviço Nacional de Saúde
Exposição de Motivos
Nos últimos quatro anos, por força da aplicação de medidas draconianas e de sucessivos cortes no financiamento, no investimento e da não contratação de profissionais de saúde o Serviço Nacional de Saúde foi severamente fustigado. As consequências destas opções políticas são claras e transversais a todos os níveis de prestação de cuidados de saúde: adiamento de consultas, cirurgias, rutura nos serviços de urgência, diminuição do número de camas que obrigou a que muitos doentes estivessem dias a fio internados em corredores dos hospitais; não dispensa de medicamentos a doentes crónicos, inoperacionalidade das ambulâncias do INEM, encerramentos, concentrações e fusões de serviços hospitalares e dos cuidados de saúde primários. Recentemente, a morte de um jovem no hospital de S. José por não realização de uma cirurgia atempadamente voltou a colocar em cima da mesa as consequências dramáticas da política prosseguida por PSD/ CDS.
Este trágico acontecimento põe a nu o quão demagógico e propagandístico foi o discurso do anterior governo sobre a robustez do SNS e do perfeito funcionamento do mesmo, assim como contraria a ideia, tantas vezes, propalada de que existem médicos a mais, que não é necessário formar mais médicos.
A carência generalizada de meios humanos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), nas unidades hospitalares e nas unidades de cuidados primários de saúde, de médicos, enfermeiros, técnicos de saúde de diversas especialidades, administrativos, auxiliares, é uma questão central para a continuidade do SNS. A exiguidade de profissionais de saúde e, no caso específico dos médicos traduz-se na dificuldade da constituição de equipas completas para assegurar cuidados de saúde de qualidade e obriga estes profissionais a sobrecarga adicional.
Ler na íntegra
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter