Assad também propôs a Lula que a Síria sirva de base logística às exportações do Brasil para o Oriente Médio. Atualmente, a participação das vendas para a região não ultrapassa 3% do total.
O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, que acompanha Lula em sua viagem de oito dias ao Oriente Médio, disse que a empresa brasileira Cristalserve, de Ribeirão Preto (SP), também fará uma parceria com uma firma local a fim de instalar uma refinaria de açúcar na Síria. Os investimentos serão de US$ 150 milhões. A empresa brasileira fornecerá os equipamentos para a instalação da unidade e a matéria-prima. "Existe um potencial de exportarmos US$ 200 milhões de dólares por ano", salientou.
Acordos
No setor cultural, está previsto o intercâmbio de artistas e músicos entre os países. Na área esportiva, o Brasil receberá técnicos de futebol da Síria, que querem conhecer um pouco mais das táticas e treinamentos elaborados pelos treinadores brasileiros. No turismo, há a intenção de troca de informações, com a possibilidade, inclusive, de se viabilizar vôos diretos entre a Síria e o Brasil. " Vai depender da demanda existente", afirmou o embaixador brasileiro na Síria, Eduardo Roxo.
Já o acordo fitossanitário visa a uniformizar as regras de exportações de alimentos e produtos agrícolas. Está no rol de produtos as carnes bovinas e de aves.
Ousadia
Na tarde desta quarta, Lula participou do encontro entre empresários brasileiros e sírios, quando cobrou ousadia e persistência de ambos. "Quando se trata de negócios, vale mais a ousadia e a persistência do que a boa intenção", disse.
O presidente ressaltou a necessidade de os empresários definirem seus interesses e similaridades. Para o presidente, não é possível que alguns milhares de quilômetros afastem ainda mais o mundo árabe da América do Sul.
Dirigindo-se ao presidente da Síria, Bashar Al-Assad, presente ao encontro, Lula disse que os empresários sírios "terão que reaprender com os quase três milhões de sírios que migraram para o Brasil". Segundo o presidente, essas pessoas vivem hoje no Brasil em paz em harmonia "e ajudando o nosso país e a Síria a crescer".
"Acabou-se o tempo em que a espera pela ajuda dos países ricos levava nossas populações a esperarem anos e anos pelos grandes negócios, que nunca ultrapassavam nossas fronteiras", afirmou Lula. Na avaliação do presidente, se o Brasil e os países árabes são iguais e têm os mesmos interesses, não podem esperar que ninguém "faça por nós somente aquilo que nós poderemos fazer".
Partido dos Trabalhadores
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