O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que seja mantida a postura brasileira adotada no início do ano em relação à Alca (Área de Livre Comércio das Américas), informou a Agência Brasil. Na semana que vem, em Miami, ocorrerá uma nova reunião ministerial, na qual o Brasil será representado por Amorim e pelo ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.
Na quinta-feira, Amorim apresentou a Lula e a outros ministros os resultados das reuniões que manteve na semana passado com o representante de comércio dos EUA, Robert Zoellick, em Washington. Nos encontros, segundo o embaixador brasileiro, foi discutida a hipótese de que questões polêmicas, envolvendo subsídios agrícolas e regras para investimentos, propriedade intelectual e compras governamentais, sejam discutidas no âmbito da OMC (Organização Mundial do Comércio) que, recentemente, condenou os EUA por impor barreiras ao aço importado de vários países, entre eles o Brasil.
O Mercosul, segundo Amorim, continua sendo prioridade para o governo brasileiro e para o presidente Lula. "Queremos negociar com espírito construtivo, procurando ampliar o comércio e preservar a capacidade do Brasil e do Mercosul de desenharmos as nossas políticas", disse. Neste sentido, avaliou o ministro, as recentes negociações com a União Européia foram produtivas foi estabelecido um cronograma de ações para que, em um ano, sejam concluídas as negociações comerciais entre o bloco da América do Sul e o europeu.
O chanceler está otimista com as relações do Mercosul com os países europeus e admitiu ser mais fácil negociar com a União Européia que com os países envolvidos no debate sobre a Alca. "A diferença com a União Européia é que nós, o Mercosul, negociamos diretamente. Eles consideram a negociação um mais um: Mercosul e União Européia. Eles têm preocupação com a nossa integração, embora haja limitações, como a própria questão dos subsídios agrícolas", ressaltou.
Partido dos Trabalhadores
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