Durante esta semana, a equipe do gabinete da Deputada Luciana Genro enviou aos participantes da nossa lista de e-mails uma solicitação de apoio aos parlamentares chamados radicais que será levada ao Diretório Nacional do PT, adiado mais uma vez e transferido para o fim de novembro, quando será votada a expulsão dos parlamentares petistas coerentes. A expulsão é algo irreversível porque o governo controla a esmagadora maioria do DN.
Para colaborar, basta responder à mensagem com o nome completo, categoria profissional e estado, depois de ler a declaração que segue abaixo, caso esteja de acordo com as linhas gerais. A versão atual pode sofrer alterações até a data do Diretório Nacional, mas a essência do documento permanecerá a mesma. Quem tiver interesse em repassar essa mensagem para outras pessoas assinarem igualmente estará ajudando. A todos agradecemos mais uma vez pela ajuda na reta final.
Declaração pública
O Diretório Nacional do PT, ao decidir pela expulsão dos chamados parlamentares radicais, dará mais uma prova de que o Partido dos Trabalhadores optou por defender os planos de ajuste ditados pela burguesia, a classe que parasita o trabalho da maioria do povo brasileiro.
O PT no governo aceita manter e aprofundar o arrocho salarial, o desemprego, o pagamento da dívida externa, a submissão ao FMI e aos banqueiros; aceita os acordos com todo o tipo de políticos e partidos marcados pela corrupção. Aceita abandonar os compromissos assumidos e trair as esperanças de mudanças nele depositadas.
O salário mínimo de fome, a reforma da previdência a serviço dos bancos, o desmonte dos serviços públicos, a falta de investimento em saúde, educação e moradia popular, a ausência de reforma agrária, a prisão dos líderes sem terra, a liberação dos transgênicos para beneficiar a Monsanto, os acordos com o PL, PP, PMDB, PTB e com políticos como Sarney, Maluf, Roberto Jefferson, integrante da tropa de choque de Collor, para citar apenas alguns, são provas de sobra de que o PT passou para o outro lado. Abandonou até mesmo seus programas mais recentes. Trata-se de uma mudança sem volta.
Nós abaixo assinados, homens e mulheres defensores da justiça, da liberdade, de um país cujas riquezas possam ser usufruídas pelos que a produzem, anunciamos coletivamente nossa determinação de construir uma ferramenta política que responda de verdade aos nossos interesses e idéias. Chamamos a todos militantes petistas que rejeitam se curvar ao New PT e que querem seguir ao lado dos trabalhadores a se somar a nós para a construção de um novo partido político.
Junto com os parlamentares chamados radicais estamos determinados a construir um novo partido defensor de que a crise deve ser paga pelos ricos, uma alternativa política dos de baixo, anticapitalista, que lute pelo governo dos próprios trabalhadores e uma sociedade socialista na qual o fim da exploração seja irmã da democracia e das liberdades individuais. Um projeto de governo e de país, portanto, que negue o governo comum com a burguesia.
Queremos um novo partido cuja defesa da mobilização por salário, emprego, terra, moradia, saúde, educação, enfim, a luta direta pelos interesses dos trabalhadores e do povo pobre seja um dos seus princípios constitutivos. Um novo partido defensor da reforma agrária, da punição aos assassinos e mandantes dos crimes no campo e defensor dos direitos humanos. Que tampouco esqueça os crimes cometidos pela ditadura militar. Uma alternativa partidária pela preservação e defesa da natureza, dos direitos da juventude e das mulheres e de combate contra qualquer tipo de opressão sexual, racial ou religiosa. Um partido internacionalista, defensor de uma nova integração latino americana, contra a ALCA e o FMI.
Chamamos a construção de um partido democrático, onde a base militante decida. Com núcleos, com pleno direito de tendência e com congressos periódicos que sejam respeitados.
Nossa tarefa começa desde agora. Convidamos você para que a faça sua.
AUMENTO EMERGENCIAL DE SALÁRIOS
Está caindo o consumo de produtos da cesta básica, como óleo de soja, açúcar, arroz, farinha de trigo, macarrão e leite em pó. Resultado da crise, que está fazendo os brasileiros cortarem gastos com alimentos, ou seja, comerem menos. O salário está terminando cada vez mais longe do final do mês. A renda média real do brasileiro caiu meio salário mínimo em relação ao ano passado, corroída pela inflação e pela oferta de salários cada vez mais baixos no mercado de trabalho. Já os preços não pararam de subir e por isso os lucros das grandes empresas seguem crescendo. O resultado disto?
O próprio IBGE responde: o 1% dos mais endinheirados ganha o mesmo que os 50% mais pobres. Os trabalhadores, que produzem a riqueza do país, são os milhões de pobres que tem que dividir entre si a mesma riqueza que um punhado de capitalistas que parasitam o esforço alheio.
Mas, felizmente, não sem resistência. A greve dos metalúrgicos de SP e do ABC reivindicando 20% de aumento ocorrida no final de outubro é parte desta luta por melhores condições de vida. Assim como a campanha salarial dos trabalhadores dos Correios, dos bancários do BB e da CEF, dos petroleiros. Todos mostram que ninguém pode ficar esperando pelo governo nem muito menos pela compreensão dos patrões.
Devemos enfrentar todos que estejam pedindo para que o povo espere, aguarde a melhoria da vida sem luta. Sem luta a vida não vai mudar. Aumento de salários emergencial já!
Por isso, nosso mandato e o Movimento Esquerda Socialista (MES), corrente empenhada na construção de uma alternativa política dos trabalhadores, não se cansarão de denunciar o arrocho salarial. Mais do que isso: estamos a disposição de cada luta, cada mobilização pelo aumento dos salários.
Chamamos e incentivamos esta luta porque o aumento de salários para todos os trabalhadores é uma necessidade para melhorar a vida e para começar a construir um mercado interno de massas capaz de alavancar o crescimento do país a favor da maioria do povo.
SALÁRIO MÍNIMO: COMPROMISSO DE LULA TEM QUE SER CUMPRIDO
Um dos compromissos mais importantes assumidos por Lula na campanha eleitoral foi dobrar o poder de compra do salário mínimo em 4 anos. Para isto deveria, a cada ano, além de repor a inflação, conceder um reajuste real de cerca de 20%. No primeiro ano já ficou muito longe disto. O salário mínimo subiu 40 reais,mal repondo a perda da inflação. Apresentamos um projeto de lei no Congresso Nacional, uma proposta que se fosse aprovada garantiria a realização do compromisso assumido por Lula, que é, aliás, um compromisso modesto frente à deterioração histórica do salário mínimo. Nosso projeto, assim como o cumprimento do compromisso de Lula, só será arrancado na luta. Não podemos aceitar as alegações de que não há dinheiro. São bilhões que o governo paga para os banqueiros, através dos juros da dívida, enquanto o povo passa fome.
CHEGA DE DINHEIRO PARA O FMI E OS BANQUEIROS, AUMENTO SALARIAL EMERGENCIAL JÁ!!!
AGENDA
Araguaia - É nesta quinta-feira (06) a audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados sobre o Decreto 4850 e a luta contra o acobertamento e a impunidade dos crimes da ditadura militar, às 10 horas, no plenário 14 da Câmara.
A iniciativa tem como objetivo fortalecer a luta pela abertura dos arquivos do exército que escondem os segredos da repressão política durante a ditadura militar vem de longa data. Apesar da imensa revolta, a solução encontrada pelo governo para tentar acalmar os familiares foi o decreto 4850/2003, que determina a criação da Comissão Interministerial, sem nenhuma participação dos familiares e lutadores dos direitos humanos, com poderes de decidir sobre o que será ou não divulgado a respeito dos mortos da guerrilha do Araguaia Nossa deputada, mais uma vez, junta-se à legítima batalha para dar voz àqueles que lutam para que se abra a caixa preta da tortura e dos assassinatos cometidos durante a ditadura e de colaborar para intensificar a pressão contra o acobertamento e a impunidade. Além dos integrantes da referida Comissão, representantes de entidades, que lutam para que a verdade sobre os desaparecidos no Araguaia venha à conhecimento da história, foram convidados.
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