Agricultor atingido pela estiagem terá mais R$ 1,2 bi

Crédito apóia irrigação e integração de lavoura e pecuária, que contribuem para minimizar o impacto da seca / Crédito: Ascom/MDA Linhas de crédito são ampliadas para a Região Sul e Semiárido

Empreendedores e agricultores que vivem em estados atingidos pela estiagem nas regiões Sul e Nordeste terão mais R$ 1,2 bilhão em crédito emergencial. A suplementação para a região Sul foi aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) na sexta-feira (4). E a ampliação para o Semiárido foi anunciada na segunda-feira (7) pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho.

Com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), operado pelo Banco do Nordeste (BNB), os empreendedores do Semiárido contarão com mais R$ 500. O limite de crédito varia de R$ 12 mil a R$ 100 mil, com juros de até 3,5% ao ano. A maioria dos créditos contempla pequenos produtores rurais enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), em operações com juros de 1% ao ano e prazo de 10 anos para pagamento, com até três anos de carência.

Já os cerca de 120 mil agricultores familiares da Região Sul afetados pela seca terão R$ 700 milhões a mais para o crédito especial de investimento, criado pelo governo federal em julho de 2012, no âmbito do Pronaf. O total disponibilizado para os agricultores dessa região atinge R$ 1,2 bilhão.

No Nordeste, o total de recursos disponibilizados pela linha chegará à marca de R$ 2,4 bilhões até fevereiro. "A prioridade do governo é apoiar os agricultores familiares na manutenção de suas atividades mesmo nessa situação adversa", diz o ministro Fernando Bezerra Coelho. Em 2012, o montante total contratado na linha de crédito emergencial chegou a R$ 1,775 bilhão.

Sul - O secretário - executivo do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Laudemir Müller, explica que a aprovação do Conselho Monetário se soma ao conjunto de ações do MDA para atender os agricultores familiares do Sul, também beneficiados pela venda de milho a preço subsidiado (para alimentação animal) e pelo Seguro da Agricultura Familiar (Seaf).

Somente na safra 2011/2012, o Seaf indenizou 89.900 agricultores, representando valor total pago superior a R$ 653 milhões. "O recurso servirá para estruturar as propriedades, especialmente na parte hídrica, para que os agricultores estejam preparados para eventuais perdas", diz Müller. O crédito vai ajudá-los, por exemplo, a recuperarem sua renda e apoiará ações como obras de irrigação e integração de lavoura e pecuária, que contribuem para minimizar o impacto da seca.

O valor limite de investimento é de R$ 10 mil por agricultor, com taxa de juros de 1% ao ano, prazo de pagamento de até dez anos e até três anos de carência (para o início do pagamento). O prazo para os agricultores contratarem a operação vai até o dia 31 de janeiro de 2013. O secretário nacional da Agricultura Familiar do MDA, Valter Bianchini, pontua que os agricultores que acessarem o crédito emergencial terão seus projetos apoiados pela assistência técnica e extensão rural (Ater). Além disso, o agricultor terá um bônus de 20% em cada parcela paga no vencimento.

 

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