A situação política quanto à nomeação do primeiro ministro está num impasse em Guiné-Bissau. No entanto, todos os lados estão em diálogo num ambiente democrático e egalitário, uma mudança bem vinda desde a demissão de Kumba Ialá. O Presidente já está escolhido: Henrique Rosa.
A situação política está num impasse em Guiné-Bissau. No entanto, todos os lados estão em diálogo num ambiente democrático e egalitário, uma mudança bem vinda desde a demissão de Kumba Ialá.
António Artur Sanha, antigo Ministro do Interior da Guiné-Bissau, foi indicado Primeiro Ministro interino pela junta militar. No entanto, 15 dos 17 partidos consultados por esta rejeitaram-no, porque tinha havido um acordo que o posto seria ocupado por uma pessoa não ligada a um partido político.
Porém, o presidente interino indicado pela junta, o empresário Henrique Rosa, foi aceite por 16 dos partidos. Henrique Rosa tem o apoio das figuras mais influenciais na Igreja Católica em Guiné Bissau e assim o líder do golpe de estado, General Veríssimo Correia Seabra, não assume a posição de presidente interino, como tinha declarado no início, mas volta ao seu lugar como chefe das forças armadas do país, após ter sido alvo de pressões, principalmente pelo Presidente Obasanjo da Nigéria, que disse que a União Africana não iria reconhecer um governo militar. Rosa, de etnia Balanta, terá assim o apoio da maioria dos oficiais das forças militares.
Entretanto, o Comité Militar para a Restituição da Ordem Constitucional e Democrática (CMROCD) emitiu um aviso hoje à população, declarando que qualquer acção que constitua uma ameaça à estabilidade do país não será tolerada, e exortou a população a "manter o civismo e o respeito acima de tudo".
Djibril MUSSA PRAVDA.Ru GUINÉ-BISSAU
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