Os onze de 14 detidos durante a operação «Noite Branca», no domingo, no Porto, são suspeitos de terrorismo, associação criminosa, homicídio voluntário, tráfico de drogas e outros crimes. Os suspeitos foram apenas identificados e saíram pouco antes das 20:00 de ontem do Tribunal de Instrução Criminal (TIC), do Porto, informa TVI.
Os detidos estiveram no TIC durante cinco horas, apenas o tempo suficiente para a juíza os identificar. Estes homens são suspeitos de serem os principais responsáveis da onda de crime violento que tomou conta da noite do Porto, nos últimos meses. Em causa estão negócios ligados à segurança de discotecas na cidade.
Segundo a Lei de Combate ao Terrorismo (52/03 de 22 de Agosto) considera-se grupo terrorista «todo o agrupamento de duas ou mais pessoas que, actuando concertadamente, visem (...) intimidar certas pessoas, grupos de pessoas ou a população em geral, mediante (...) crime contra a vida, a integridade física ou a liberdade das pessoas».
Os crimes cometidos no âmbito de uma organização terrorista são punidos com penas de prisão agravadas de um terço nos seus limites mínimos e máximo, até ao limite de 25 anos
Na terça-feira os detidos regressam ao TIC para interrogatório, também já na presença da procuradora Helena Fazenda.
A advogada de Sandro Onofre e Paulo Aleixo considera as suspeitas «exageradas».
«Refuto totalmente a acusação, que considero exagerada. Trata-se de uma manobra de «show off» para mostrar serviço», disse Fátima Castro.
De acordo com o Diário de Notícias, os familiares e amigos dos detidos é que se concentraram logo pelas 09.00 à porta do tribunal e a falta de presença policial levou a que os jornalistas fossem o alvo da fúria popular. Primeiro o jornalista da Agência Lusa por estar a folhear um jornal onde surgem as fotografias dos detidos.
Tentaram destruir o jornal mas perante a recusa do jornalista em entregar o exemplar surgiu a ameaça de agressão física. Depois uma repórter do jornal 24 Horas foi mesmo agredida à cabeçada por uma popular, após ter sido rodeada por um grupo de mulheres.
Entretanto, já os profissionais da comunicação social tinham ligado para a esquadra policial mais próxima a pedir reforço. Só mais tarde o Corpo de Intervenção tomou conta da segurança do local mas os insultos verbais continuaram a ser lançados ao longo do dia quer para jornalistas quer para polícias.
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