Depois das novas denúncias de pedofilia na Casa Pia e suspensão de educador do Lar, Cruz Filipe, por suspeita de abusos sexuais , o procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, anunciou ontem a constituição de uma equipa de investigadores para averiguar todas as queixas de abusos sexuais (ou outros) de crianças e jovens colocados em instituições do Estado ou à responsabilidade deste.
Uma medida que agrada à actual responsável pela Casa Pia, Joaquina Madeira, que, ontem, em entrevista à RTP, confirmou a existência de "indícios e suspeitas" de abuso sexual a alunos da Casa Pia no Lar Cruz Filipe. "Não posso neste momento afirmar que existem, abusos sexuais, só posso dizer que existem indícios e suspeitas.
Não posso condenar sem provas. Por isso este assunto ainda terá de ser provado em instâncias próprias", sustentou, de acordo com o Jornal de Notícias. Se gundo a responsável novos casos de abuso não aconteceram dentro das instalações da instituição.
"Nada se passou dentro da Casa Pia. Temos suspeitas, mas se alguma coisa ocorreu foi fora das instalações da Casa Pia". Joaquina Madeira recusou comentar a possibilidade de o funcionário suspenso ter angariado crianças para actos sexuais com adultos fora da instituição.
Na entrevista, Joaquina Madeira foi peremptória: "Corrijo as minhas declarações." E confirmou as suspeitas de Catalina Pestana. Um mês antes de sair da Casa Pia, a ex-provedora denunciou ao PGR novos abusos na instituição. Denúncias essas que só agora são tidas em conta pela responsável pela instituição.
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