O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil aguarda a comunicação da prisão do taficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía ( Chupeta) para definir se dá preferência ao pedido de extradição ou ao processo que ele responde na Justiça Federal por lavagem de dinheiro.
Caso prevaleça a segunda hipótese, Abadía será primeiro julgado no Brasil e terá de cumprir pena, de 3 a 10 anos de reclusão, se condenado, de acordo com o Estado de São Paulo.
Depois, será transferido aos EUA, onde é acusado de tráfico e assassinatos. O advogado de Abadía no Brasil, Sérgio Alambert espera conseguir a extradição antes da conclusão do processo sobre lavagem de dinheiro que levou a PF a prender o colombiano. O traficante quer segundo o advogado uma "extradição condicionada" - que a pena seja limitada a 30 anos, como determina a legislação brasileira. Isso impediria que recaísse contra ele uma eventual prisão perpétua ou a pena de morte, condenações comuns nos tribunais americanos para os crimes que o colombiano admite ter cometido.
"Há jurisprudência no Supremo que determina isso. Então, ele só pode ser deportado se os Estados Unidos assinarem um termo se comprometendo a não ultrapassar os 30 anos de prisão", diz Alambert. Em 1996, o colombiano fez um acordo com a Justiça colombiana. Entregou-se em troca da redução de sua pena de 24 anos para 13 anos .
Ele cumpriu 6 anos e foi posto em liberdade. O advogado acredita que a extradição será rápida, "pois há um interesse muito grande dos americanos". Os EUA fixaram em US$ 5 milhões o prêmio por sua captura. Até agora, o STF não expediu o decreto de prisão para fins de extradição, pedida pelos EUA em 31 de julho e distribuída ao ministro Eros Grau em 2 de agosto.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter