Declarou hoje o comandante do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) 3, coronel-aviador José Alves Candez Neto que, está sendo marcado por um "excesso de zelo" dos controladores de vôos - o período posterior ao acidente com o Boeing da Gol e um jato Legacy - que vitimou 154 pessoas em 29 de setembro de 2006.
O número dos chamados "relatórios de perigo" feitos por controladores de vôo na área do Cindacta 3 (Recife) saltaram de 72 ocorrências em 2005 para 152 em 2006 (a maioria após o acidente), segundo Candez Neto,
Em 2007, até junho, já são 133 ocorrências. O coronel-aviador disse achar natural que as pessoas sintam vontade de ficar mais atentos após um acidente, mas que os relatórios de incidentes não aumentaram na mesma proporção que os relatórios de perigo. Segundo Candez Neto, alguns desses relatórios poderiam ser substituídos por simples reportes técnicos, porque não havia risco real envolvido.
O comandante do Cindacta 4, coronel-aviador Eduardo Antonio Carcavallo Filho, completou o raciocínio do colega afirmando que os relatórios de perigo são importantíssimos, mas que é fundamental que sejam usados especificamente para seu fim. "Não podem conter emoções, nem citar nomes. Alguns controladores usaram os relatórios para atacar seus chefes", afirmou.
Fonte Agência Estado
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter