Depois de dois meses de discussão pública, os especialistas apresentaram ontem a proposta final de reorganização da rede nacional de urgências que tem como principais alterações o fecho da urgência de Peniche (totalizando 15 serviços a encerrar) e a abertura de uma urgência básica em Cinfães, escreve Diário de Notícias.
De acordo com o relatório final, o número de portugueses que vão ficar a mais de uma hora de distância de uma urgência (mesmo que de nível básico) é de 60 mil, o que representa uma redução "drástica" em relação à realidade actual (450 mil ).
Além das urgências hospitalares, a proposta final dos peritos apresentou ainda alterações nos vários tipos de urgências.
Por exemplo, o serviço de urgência básica previsto para Valença irá ficar em Monção. Segundo a proposta, o distrito de Viana do Castelo passa a ficar com um serviço de urgência médico-cirúrgico no Centro Hospitalar do Alto Minho e com dois serviços de urgência básica: um em Ponte de Lima e outro em Monção. O presidente da Câmara de Valença, José Luís Serra (PS), reagiu de imediato: disse que a eliminação do seu concelho da rede de urgências só pode ser brincadeira de mau gosto.
A proposta inicial defendia 13 serviços de urgência polivalente (SUP), 29 serviços de urgência médico-cirúrgica (SUMC) e 41 serviços de urgência básica (SUB). A mais recente proposta aponta para 14 SUP, 27 SUMC e 42 SUB. Em relação às urgências básicas, o número aumentou com Cinfães.
De acordo com as contas dos peritos, esta reestruturação irá permitir que a maioria dos portugueses (51,6 por cento) fique a menos de dez minutos de um serviço de urgência. A cerca de 30 minutos de um serviço de urgência ficará 90,1 por cento da população (9,887.835) e 99,4 por cento (9,809.402) a 60 minutos.
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