Três deputados disputam a Presedência da Câmara no Brasil a menos de dez dias das eleições. Dois deles são de partidos da base aliada, Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Arlindo Chinaglia (PT-SP). O outro, Gustavo Freut (PSDB-PR), faz parte de uma legenda da oposição, mas foi lançado oficialmente pela chamada "terceira via", grupo de deputados insatisfeitos com os dois candidatos da coalizão.
Conheça os candidatos
Arlindo Chinaglia (PT-SP):
Médico, Arlindo Chinaglia foi reeleito deputado federal em 2002 para seu terceiro mandato consecutivo. Durante o ano de 2001 e início de 2002, esteve licenciado da Câmara dos Deputados, para exercer o cargo de Secretário de Implementação das Subprefeituras na capital paulista.
No primeiro mandato em Brasília, denunciou e provou que a concorrência do SIVAM foi dirigida, bem como provou que a empresa ESCA, coordenadora do projeto, havia fraudado guias do INSS no valor de 8 milhões de reais, o que levou ao afastamento desta empresa do Projeto SIVAM. Ainda no primeiro semestre de 1995, denunciou o então 'xerife dos preços' José Milton Dallari, secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, que acabou demitido da função.
Pelo perseverante trabalho de fiscalização no uso do dinheiro público, Chinaglia tornou-se em 1997 presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados. Durante os dois primeiros mandatos, Arlindo Chinaglia atuou prioritariamente na Seguridade Social: revelou à sociedade os maiores devedores do INSS e participou intensamente do debate da reforma da previdência na Comissão Especial da PEC nº 33/95.
A militância em sua área profissional tornou Chinaglia referência nos temas ligados à Seguridade Social. Integrou a CPI da Fabricação de Medicamentos e a Comissão Especial que regulamentou os Planos de Saúde, entre outras. Arlindo Chinaglia foi presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo, também foi presidente do PT e da CUT estadual.
Foi secretário Geral do PT nacional, do qual é fundador. Formado pela Universidade de Brasília (UnB), é especializado em saúde pública, em radiodiagnóstico e clinica médica.
Aldo Rebelo (PCdoB-SP)
Aldo é deputado federal há 16 anos. Sempre foi eleito por São Paulo e pelo mesmo partido, o Partido Comunista do Brasil PCdoB. Foi ministro da coordenação política e líder do governo Lula na Câmara. Na juventude, foi líder do movimento estudantil. Chegou à presidência da União Nacional dos Estudantes (UNE) e criou a União da Juventude Socialista (UJS).
Com 50 anos de idade - mais de 30 deles dedicados à política Aldo Rebelo é o presidente da Câmara dos Deputados. Em menos de um ano à frente do terceiro cargo mais importante da República, Aldo conduziu discussões e decisões que já entraram para a história do parlamento brasileiro.
Sob a gestão de Aldo, a Câmara acabou com os salários extraordinários dos deputados e diminuiu o período do recesso parlamentar, que agora é um dos menores do mundo. Projetos essenciais ao desenvolvimento do País foram aprovados, como o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que irá melhorar o salário dos professores e aumentar o número de vagas nas escolas públicas.
Foi aprovada a diminuição dos gastos com campanhas eleitorais e colocado em discussão o fim do voto secreto dos parlamentares. Todas essas medidas eram há muito tempo esperadas pela população brasileira.
Mas o ambiente político no qual esses avanços ocorreram foi tumultuado. A Câmara tinha acabado de enfrentar a renúncia de seu presidente, vários parlamentares estavam sob investigação, e a escolha de Aldo foi fruto de uma disputa histórica. Foram 258 votos contra 243 do concorrente. A marca do equilíbrio começou neste placar.
Aldo não aprofunda divergências, ele constrói convergências. O presidente tem mostrado, com atitudes, que é possível unir até os mais obstinados adversários quando o assunto é defender e desenvolver o Brasil e consolidar a democracia.
Gustavo Freut (PSDB-PR)
Fruet é advogado, mestre e doutor em Direito. O deputado está em seu segundo mandato na Câmara Federal. Filho do ex-deputado e ex-prefeito Maurício Fruet, iniciou cedo sua atuação política, como presidente do Centro Acadêmico Hugo Simas da Universidade Federal do Paraná.
Em 1986, foi eleito vereador em Curitiba pelo PMDB, partido ao qual foi filiado de 1991 até setembro de 2004. Dois anos depois, elegeu-se deputado federal, após uma campanha curta, na qual assumiu o lugar do pai, falecido a poucos dias da eleição. Foi o segundo candidato mais votado em Curitiba, com 45.929 votos. Em 2002, foi eleito para o segundo mandato de deputado federal, com 105.166 votos.
No primeiro mandato, Fruet presidiu a CPI do Proer, que investigou escândalos financeiros no País; foi vice-presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano e Interior e relator da Subcomissão de Violência Urbana. Participou ainda das comissões do Código Civil, de Constituição e Justiça e Redação, da Reforma do Judiciário e de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática.
Em 2002, Gustavo Fruet foi reeleito deputado federal com 105.166 votos, dos quais 63.990 em Curitiba. Foi o candidato mais votado do PMDB na capital. Logo no início do mandato, foi indicado primeiro vice-líder do PMDB na Câmara Federal.
Foi membro titular do Conselho de Ética da Câmara. Presidiu a Subcomissão de Transgênicos e foi relator do processo de cassação do deputado federal André Luiz. Também foi relator da proposta de regulamentação da Corregedoria Geral da Câmara.Em 2005, foi indicado para integrar a Comissão Mista de Orçamento.
Atualmente, é membro titular da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicação e Informática e suplente da Comissão de Desenvolvimento Urbano.
Em 2005 e 2006, teve papel destacado na CPMI dos Correios, na qual atuou como sub-relator de movimentação financeira. Desde 2003 Gustavo Fruet faz parte da lista dos "100 Cabeças do Congresso", elaborada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).
De janeiro a dezembro de 2003, Gustavo Fruet presidiu o PMDB do Paraná, comandando um trabalho de reorganização e estruturação do partido em todo o Estado. Em setembro de 2004, pediu sua desfiliação do PMDB, por entender que se esgotaram as possibilidades de construção de um projeto no partido. Em fevereiro de 2005, filiou-se ao PSDB.
Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter