Uma onda de ataques contra ônibus e alvos policiais que atingiu o Rio de Janeiro na madrugada desta quinta-feira deixou ao menos 18 mortos e diversos feridos, informa Reuters.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado, entre os mortos nove são civis, sete são suspeitos de envolvimento nos ataques e dois policiais militares.
Os ataques ocorreram em vários pontos da cidade. Em um dos mais graves, um ônibus da Viação Itapemirim, que fazia o trajeto de Cachoeira de Itapemirim (ES) a São Paulo (SP), foi incendiado quando passava pela Avenida Brasil. Sete corpos carbonizados foram retirados dos destroços do ônibus, segundo peritos no local. Havia 28 passageiros no ônibus.
A empresa, no entanto, disse que ainda não haver confirmação oficial de vítimas. "Em função do caos generalizado no local dos fatos, os trabalhos dos bombeiros e dos policiais ainda estão em andamento", afirmou a empresa em nota divulgada pela manhã.
Na praia de Botafogo, uma cabine da Polícia Militar foi metralhada e uma ambulante que estava perto do local morreu, segundo a polícia.
A assessoria de imprensa da Polícia Militar informou que três homens foram presos, após terem sido apontados por testemunhas como suspeitos de um incêndio criminoso.
"(Eles) estão com as mãos queimadas e não apresentaram justificativas para tais ferimentos", disse a assessoria da PM em nota.
Segundo a PM, com suspeitos presos "foram apreendidas uma granada M-9, uma pistola calibre 40 com três munições intactas e uma motocicleta (...) produto de roubo", disse a PM.
O secretário de Segurança Pública do Rio, Roberto Precioso, disse que além dos suspeitos presos, outros cinco foram mortos. "O resultado foi trágico. Se não fosse a ação da polícia, poderia ter sido pior", disse. Ele acrescentou que entre os feridos 8 são PMs e 14, civis.
De acordo com o sargento Adolfo, do Departamento de Relações Públicas da PM, a polícia ainda não tinha informações sobre a autoria dos ataques.
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