Em Portugal, esta quarta-feira , será realizada uma reunião da Comissão Temporária do Parlamento Europeu sobre os voos secretos da CIA . Comissão vai ouvir o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado e várias entidades portuguesas: os presidentes do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), Luís Almeida, e da Navegação Aérea Portuguesa (NAV), Carlos Gonçalves da Costa, os directores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Jarmela Palos, e do Serviço de Informações e Segurança (SIS), Antero Luís, e ainda José Luís Arnaut, que preside à comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros.
Os antigos ministros da Defesa Paulo Portas e da Administração Interna Figueiredo Lopes, convidados para um encontro com os eurodeputados, recusaram o convite, alegando que já não estão em funções e que nunca tiveram conhecimento de actividades ilegais quando estiveram no Governo.
O deputado europeu Cláudio Fava, relator da comissão de investigação sobre os voos da CIA, declarou há dias à imprensa que "numerosos governos europeus cooperaram" com a CIA e sabiam dos voos secretos, entre os quais o governo português. Fava identificou 1245 escalas europeias, 91 das quais abrangendo território português. Três voos que passaram por Portugal tiveram como origem ou destino Guantanamo.
O projecto de relatório calcula que 12 Estados da União Europeia - Itália, Grã-Bretanha, Alemanha, Suécia, Áustria, Espanha, Portugal, Irlanda, Grécia, Chipre, Dinamarca e Polónia - e ainda Roménia, Turquia, Macedónia e Bósnia tinham conhecimento da utilização do seu território pelos voos da CIA, para transporte e detenção ilegal de prisioneiros.
Com Lusa
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