O referendo sobre a despenalização do aborto em Portugal está marcado para 11 de Fevereiro do próximo ano. Hoje os partidos com representação parlamentar manifestaram-se a favor da data escolhida pelo Presidente da República para a realização do referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez: de 11 de Fevereiro.
PS, PCP e BE garantiram que irão fazer campanha pelo "sim", enquanto o PSD apelou à "despartidarização" da consulta e o CDS-PP, apoiante do não, pede uma votação inequívoca mas serena.
"É o momento para se acabar com uma situação que penaliza as mulheres e que constitui uma vergonha para Portugal", afirmou Alberto Martins, presidente do grupo parlamentar do PS.
Marques Guedes, líder parlamentar do PSD, considerou igualmente adequada a data, apelando a uma campanha não partidarizada, para permitir que os portugueses "escolham livremente e de acordo com a sua consciência".
O líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, prometeu "um fortíssimo empenho" do partido na luta pelo "sim", para que "o país fique livre de uma lei injusta e iníqua que penaliza as mulheres".
Nuno Melo, presidente da bancada do CDS-PP, considerou que a data de 11 de Fevereiro "dará tempo aos cidadãos" para se organizarem. "Esperemos que se pronunciem de forma inequívoca e com serenidade", disse.
A deputada Cecília Honório, do Bloco de Esquerda, considera a data "ajustada" e deixou um apelo contra a abstenção, pedindo aos eleitores para que se "manifestem", votando no dia 11 de Fevereiro.
A campanha para o referendo sobre o aborto vai decorrer entre 30 de Janeiro e 9 de Fevereiro.
Lusa
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