Alckmin, o camaleão


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Durante a crise causada pelo PCC em São Paulo, no último mês de maio, uma TV australiana elaborou uma reportagem a respeito do assunto. Um de seus entrevistados foi o ex-governador e atual candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin, à época recém afastado do cargo. Pressionado a respeito de sua responsabilidade no caso, o tucano adotou uma postura diferente em relação à que vem adotando na campanha eleitoral.
Apesar de saber do conteúdo da reportagem elaborada pelo programa Dateline, do canal SBS, Alckmin deixou que a repórter fizesse apenas uma pergunta sobre o assunto, interrompendo-a bruscamente. ''Se eu soubesse que o conteúdo da reportagem era esse, eu não teria dado a entrevista'', despistou.
Ao invés de transferir a responsabilidade da falta de segurança pública em São Paulo ao governo federal – como fez no debate do último domingo na Band e a todo momento em que é questionado sobre o assunto –, o hoje candidato sugere que a jornalista procure o governo estadual. A emissora tenta seguir sua sugestão, mas nenhuma das autoridades contatadas se dispôs a gravar algum depoimento, segundo a narração da reportagem.


Fonte: www.vermelho.org.br


“LIBERDADE DE IMPRENSA” Jorge Correa
Apoiador da candidatura de Lula e sindicalista, sou também jornalista. E, com tal, defendo a liberdade de imprensa de forma absoluta. Com imparcialidade, com ética. Veja, a revista golpista, pecou por não seguir estes preceitos. Foi condenada!

Vejam a decisão:
O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu, na noite desta terça-feira, liminar à coligação A Força do Povo (PT-PRB-PCdoB), que representa a candidatura à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para que a revista Veja retire de circulação os outdoors da edição desta semana, em que o candidato à Presidência Geraldo Alckmin aparece na capa, com o título "O Desafiante".


Lula pede retirada de outdoor da Veja com foto de Alckmin Os outdoors, afixados em todo o País, deverão ser retirados no prazo máximo de 24 horas, a contar da intimação da revista, por fax.


Na ação, a coligação do presidente Lula argumentou que a publicidade da revista promove o candidato e burla a proibição, imposta pela Lei 11.300/06 (mini reforma eleitoral), de uso de outdoors na propaganda eleitoral.


Portanto, vamos fazer jornalismo com ética e imparcialidade... Será que a Veja consegue? E os outros veículos da grande mídia?


O PODER E OS SEM-PODER


Por Leonardo Boff
A atual campanha para a Presidência se reveste de certa dramaticidade. É mais do que escolher um político para ocupar o centro do poder estatal. O que está em jogo são dois projetos de Brasil. Um representa o projeto dos detentores do poder, do ter, do saber e da comunicação. Seus atores ocupam há séculos o espaço público e o Estado. Construíram um Brasil para si, de costas para o povo do qual, no fundo, sentem vergonha, pois o consideram ignorante, atrasado e “religioso”.
O outro projeto é dos sem-poder, dos destituídos de cidadania e excluídos dos benefícios sociais. Historicamente, resistiram e se rebelaram, mas sempre foram derrotados. Entretanto, conseguiram se organizar e criar um contrapoder com capacidade de disputar o mais alto cargo da Nação.
Geraldo Alckmin representa o projeto das classes dominantes. Na verdade, elas não possuem um projeto-Brasil, pois o consideram ultrapassado. Agora, vigora o projeto-mundo no qual o Brasil deve se inserir mesmo como sócio menor. Seguem as receitas do neoliberalismo que implicam o enfeudamento da política pela economia, aprofundando as desigualdades sociais. Esse projeto foi implantado durante o governo FHC. Se vitorioso, Alckmin o retomará com fervor.
Lula representa o projeto alternativo. Cansado das elites, o povo votou em si mesmo elegendo Lula como presidente. Carismático, tentou, com relativo sucesso, fazer uma transição: de um Estado elitista e neoliberal para um Estado republicano e social. Para salvar o Titanic que ameaçava afundar, teve que fazer concessões à macroeconomia de viés neoliberal, mas deu, como nenhum governo antes, centralidade ao social com programas que beneficiaram cerca de 40 milhões de pessoas.
Desta opção pelo social pode nascer um outro tipo de Brasil com uma democracia inclusiva que resgate a dignidade de milhões de excluídos e marginalizados. O significado histórico de reeleger Lula é permitir-lhe acabar esse começo de construção de um outro Brasil possível.


Leonardo Boff é escritor e teólogo, autor de “A água e a galinha”, dentre outros inúmeros livros e artigos.

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