É curioso que um homem que já deu aulas de diplomacia consegue tomar uma decisão de seguir a linha ilegal dos EUA contra o estado soberano de Iraque sem consultar o seu parlamento. O resultado, como é óbvio, é uma chuva de críticas.
José Manuel Durão Barroso, o Primeiro Ministro de Portugal, aprontou-se a assinar a carta, juntamente com oito líderes da velha e nova EU (os membros Espanha, Itália, Dinamarca e Reino Unido e os novos membros Hungria, República Checa e Polónia), carta esta que assume unilateralmente que o Iraque possui armas de destruição em maciça e por isso constitui uma ameaça para a segurança do mundo.
Dias depois da apresentação dos relatórios da UNMOVIC e IAEA, onde foi declarado que não há evidência de tais armas no Iraque e que este país colabora abertamente com as equipas de inspecção, oito países apressam-se e criam uma bomba que rebentou não só fora dos seus países mas também dentro.
De imediato, veio a reacção da Alemanha, França e Grécia, a Alemanha declarando que a EU deveria falar com uma só voz. Dentro do país, o Partido Socialista pediu que o Primeiro Ministro esclarece a sua posição sobre se está de acordo que os EUA ataquem o Iraque unilateralmente, enquanto o Bloco de Esquerda foi mais longe, chamando a actuação do José Barroso “uma violação das regras do jogo democrático” por não ter discutido o assunto no parlamento e com o Presidente da República.
O Presidente, Dr. Jorge Sampaio, não tardou em convocar um Conselho de Estado para reunir na próxima quinta-feira para debater a posição tomada pelo Primeiro Ministro. Este debate deve ser aceso porque conterá figuras com certeza opostas à iniciativa, nomeadamente os prestigiosos ex-Presidente de Portugal, Mário Soares e Carlos Carvalhas, Secretário-Geral do Partido Comunista Português.
Timofei BYELO PRAVDA.Ru
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