Uma das falhas mais perigosas — e silenciosas — que podem ocorrer em um carro está relacionada à correia dentada. Quando esse componente se rompe em movimento, os danos ao motor podem ser catastróficos. Por isso, saber identificar o sinal de alerta mais comum pode salvar o bolso e até o carro inteiro.
A correia dentada é responsável pela sincronização do motor, controlando a abertura e fechamento das válvulas em relação ao movimento dos pistões. Um simples desalinhamento pode comprometer toda a mecânica do veículo.
Segundo mecânicos consultados por especialistas em manutenção, o sinal mais evidente — e ao mesmo tempo ignorado por muitos — é um ruído agudo e intermitente vindo da parte frontal do motor, especialmente em baixas rotações. Ele pode soar como um assobio metálico ou atrito leve de material plástico.
Esse barulho é causado pelo desgaste dos dentes da correia, que perdem aderência ou começam a “pular” levemente nos engrenamentos. Quando isso ocorre, a sincronização do motor já está comprometida, mesmo que o carro continue funcionando normalmente por algum tempo.
Outros sinais importantes incluem dificuldades na partida, vibrações incomuns no motor e perda de potência. Em veículos com alta quilometragem ou histórico de manutenção irregular, esses sintomas devem ser considerados de alto risco.
Especialistas recomendam a substituição preventiva da correia dentada entre 60.000 km e 100.000 km, dependendo do modelo e das especificações do fabricante. Em muitos carros modernos, a correia já vem acompanhada de kit com tensionador e polias — todos devem ser trocados juntos.
Ignorar esse cuidado pode sair caro: uma correia rompida pode entortar válvulas, danificar pistões e levar à necessidade de retífica completa do motor — um prejuízo que facilmente ultrapassa os R$ 5.000.
Ficar atento aos sinais, fazer revisões periódicas e não adiar a substituição da correia são atitudes simples que garantem mais segurança e vida útil ao motor.
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