Você entra no carro, gira a chave ou aperta o botão de partida... mas antes, pisa na embreagem. Esse hábito é comum entre motoristas, mas muita gente ainda não sabe se ele realmente faz diferença — ou se é apenas uma mania herdada dos tempos antigos.
Na prática, acionar a embreagem ao dar a partida pode trazer benefícios reais para o carro, especialmente nos modelos com câmbio manual. E em alguns casos, é até obrigatório. Entenda por quê.
Quando o carro está em ponto morto, com a embreagem livre, o motor de partida precisa mover várias engrenagens da transmissão — mesmo que nenhuma marcha esteja engatada. Ao pisar na embreagem, você desacopla o motor da caixa de câmbio, reduzindo a resistência no momento da partida.
Isso significa que o motor de arranque trabalha com menos esforço, a partida é mais leve e a bateria sofre menos. Especialmente em dias frios ou em veículos mais antigos, essa prática pode evitar falhas na hora de ligar o carro.
Embora o ideal seja sempre deixar o carro em ponto morto ao estacionar, nem todos os motoristas fazem isso. Se o carro estiver engatado e a embreagem não for pressionada na hora da partida, o veículo pode dar um “tranco” e até se mover — o que é perigoso, especialmente em locais inclinados ou fechados.
Pisar na embreagem evita esse risco e cria um “protocolo de segurança” ao ligar o carro, mesmo que você tenha esquecido a marcha engatada.
Em muitos carros atuais, especialmente com partida por botão, o sistema eletrônico só permite ligar o motor se a embreagem estiver pressionada (no caso de câmbio manual) ou se o freio estiver acionado (em automáticos).
Isso já mostra que a prática virou padrão de segurança e eficiência — incorporada ao próprio sistema de ignição.
Nesse caso, não há embreagem tradicional. A recomendação é sempre manter o pé no freio e garantir que o câmbio esteja na posição “P” (estacionamento) ou “N” (neutro), dependendo do modelo. Alguns veículos nem permitem ligar o motor fora dessas posições.
Sim — pisar na embreagem ao ligar o carro é uma prática correta, útil e recomendada. Ela reduz o esforço do motor de partida, prolonga a vida útil da bateria e aumenta a segurança da operação. Mesmo sendo um gesto simples, ele mostra cuidado com o carro e atenção à mecânica básica.
E como todo bom hábito no trânsito, faz diferença a longo prazo.
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