O presidente iraniano, Hassan Rouhani, reúne-se em Nova York com seu homólogo brasileiro, Dilma Rousseff.
O presidente iraniano, disse que o seu país empenhada em aumentar o seu nível de cooperação com os países BRICS, incluindo o Brasil.
"Para o Irã, o Brasil tem um lugar especial entre os países latino-americanos, e os dois países sempre mantiveram boas relações", frisou o líder iraniano durante uma reunião na sexta-feira com seu homólogo brasileiro, Dilma Rousseff.
O líder persa tem enfatizado a necessidade para a expansão de laços entre Teerã-Brasília em domínios económico, comercial, científica e cultural.
De acordo com Rouhani, os dois países podem cooperar em várias questões regionais e internacionais, incluindo a segurança global, a luta contra o terrorismo e as drogas, e reforçar a cooperação Sul-Sul.
"O Brasil na América Latina e no Irã no Oriente Médio podem desempenhar um papel crucial no aumento da cooperação entre as duas regiões", ressaltou Rohani. Referindo-se à recente visita do chanceler brasileiro, Mauro Vieira, à Teerã, Rouhani disse que esta viagem foi o início de uma nova era no aprofundamento dos laços entre os dois países.
O Brasil reconhece o Irã como potência regional e apela para elevar o nível das relações comerciais e económicas com este país ", sublinhou o presidente do Brasil, Dilma Rousseff.
Neste contexto, o líder iraniano sublinhou que o novo ambiente gerado depois de concluir o Plano Integrado de Ação conjunto (JCPOA), as empresas brasileiras podem estar ativos no setor econômico do Irã. Em outra parte deste encontro, Rouhani tem tratado com seu homólogo brasileiro a crise na Síria e a presença de terroristas neste país.
"Se todos os países do mundo priorizar a luta contra o terrorismo na Síria, há um caminho certo para resolver os problemas neste país e a implementação de reformas", disse ele.
Por seu lado, o presidente brasileiro, destacando a história e civilização iraniana, revelou que o Irã e o Brasil têm pontos de vista semelhantes sobre várias questões internacionais.
"O Brasil reconhece o Irã como potência regional e apela para elevar o nível das relações comerciais e económicas com este país", acrescentou o presidente brasileiro, enquanto o Irã convidou as empresas a investir no gigante sul-americano.
Mostrando a disposição de seu país como um dos membros dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) para fortalecer laços com o Irã, ela aceitou o convite do seu homólogo iraniano para uma viagem ao Irã.
Em relação à Síria, Rousseff tem coincidido com Rouhani, o fato de que enfraquecer o governo sírio poderia fortalecer o terrorismo no país árabe, ao mesmo tempo que exortou a necessidade de realizar reformas no país árabe.
Após o encontro, Dilma falou aos jornalistas sobre as relações entre os dois países. "Nós estamos retomando as nossas relações, na medida em que há o desbloqueio, as relações vão fluir melhor. E definimos que vamos visitar os nossos países, tanto o presidente Rouhani visitará o Brasil, como eu visitarei o Irã", disse.
A presidente informou também que o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, deverá ir ao Irã a fim de construir um canal de oportunidades para o setor empresarial iraniano e brasileiro.
"O ministro Armando Monteiro vai fazer uma visita, no sentido de construir um espaço, uma oportunidade, vai reunir os empresários iranianos e os empresários brasileiros, e demonstrar interesse por investimentos do Brasil no Irã, que se dispõe também a fazer parcerias e investimentos no Brasil, trocas comerciais, compras comerciais em todas as áreas".
De olho num mercado de 78 milhões de pessoas que começa a ser reaberto após anos de bloqueio, a presidente Dilma Rousseff reuniu-se com o presidente do Irã, Hassan Rouhani, refletiu o forte interesse do Brasil em aproveitar as oportunidades econômicas que surgem a partir do fim do isolamento internacional do Irã.
"Vamos fazer um esforço grande para retomar o padrão [de comércio] que tínhamos antes do bloqueio", disse a presidente a jornalistas após o encontro.
As exportações do Brasil caíram de US$ 2,3 bilhões em 2011 para US$ 1,4 bilhão no ano passado. Segundo Dilma, os iranianos "demonstraram interesse em investimentos do Brasil no Irã e se dispõem também a fazer investimentos no Brasil, trocas comerciais em todas as áreas".
Segundo Dilma, o acordo nuclear não foi assunto da conversa que teve com Rouhani nesta sexta.
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