Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Representantes de movimentos sociais e sociais fazem uma manifestação na região da Avenida Paulista contra o leilão do Campo de Libra, no pré-sal, marcado para o próximo dia 21. Os manifestantes iniciaram o ato em frente à sede da Petrobras e chegaram a fechar quatro das oito faixas da avenida, que já foi liberada. Agora, eles seguem em direção à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
"O Brasil acaba abrindo mão de uma riqueza estratégica, uma riqueza que deve estar sobre nosso controle, uma riqueza que foi conquistada pela Petrobras, resultado de uma pesquisa dela, de um trabalho dela, com custo para o povo brasileiro. Não é correto que essa riqueza seja transferida para empresas que não gastaram nada", disse Alberto Sousa, coordenador do Comitê Estadual de Defesa do Petróleo pela Soberania Nacional.
Petroleiros de todo o país iniciaram hoje (3), dia em que a Petrobras comemora 60 anos, uma paralisação de 24 horas que atinge funcionários nas plataformas, refinarias, nos terminais e escritórios da estatal e subsidiárias. Além da suspensão imediata do leilão do Campo de Libra, eles são contrários à terceirização de mão de obra e exigem reajuste no salário-base que, segundo eles, não ocorre há 17 anos.
"A espionagem na Petrobras evidencia quanto são estratégicas as nossas riquezas. Nossa nação precisa de uma resposta firme. A presidenta Dilma cancelou a visita aos Estados Unidos. Agora precisa cancelar o leilão em defesa do Brasil", destacou Glaucia Morelli, da Confederação das Mulheres do Brasil, que participa do ato.
Edição: Aécio Amado
Agência Brasil
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