Detida Advogada de Líder Oposicionista da Venezuela com Material para Falsificação
Advogada de Lilian Tintori foi presa em flagrante pelo porte de 17 cédulas de identidade, seis passaportes, nove unidades de papel moeda em branco, 200 dólares e 300 mil bolívares em espécie
Edu Montesanti
Ana Argotti, advogada venezuelana, foi presa em flagrante na terça-feira (4) pelo porte de 17 carteiras de identidade, seis passaportes, nove unidades de papel moeda em branco, 200 dólares e 300 mil bolívares em espécie. Segundo a Polícia Nacional Bolivariana, que através de revista rotineira encontrou os materiais no carro conduzido por Argotti em Caracas, os materiais seriam utilizados para a falsificação de documentos.
Noiva do ex-diplomata venezuelano Misael López Soto, ex-conselheiro da Embaixada da Venezuela no Iraque quem, recentemente, havia denunciado na CNN uma suposta rede de tráfico de passaportes venezuelanos, negada pelas Relações Exteriores da Venezuela em 15 de fevereiro, Arhotti é também advogada da representante de ultradireita Lilian Tintori, esposa do ex-prefeito de Chacao, Leopoldo López.
Detido desde o início de 2014 por incitar a violência que causou a morte de 43 pessoas à época, Leopoldo López é tratado pela mídia corporativa como injustiçado, enquanto o ex-embaixador possui ligações com grupos antichavistas residentes ali mesmo, nos Estados Unidos, além de ter participado em fraudes com fundos da embaixada, de acordo com provas oferecidas pela chanceler Delcy Rodríguez em fevereiro.
As investigações sobre Ana Argotti estarão voltada às relações que possam existir entre López Soto e os casos de falsificação de carteiras de identidade e passaportes entregues a cidadãos de origem árabe e asiático.
As relações da direita venezuelana seguem as tendências regionais: promíscuas e, semana a semana, vêm à tona casos como estes sempre ocultados dos consumidores de desinformação pelos grandes meios de idiotização em massa, especialmente em defesa dos interessas das indústrias petrolífera, armamentista, bancária e farmacêutica.
E quando as autoridades policiais venezuelanas agem amparadas na lei, como neste caso, são consideradas instrumento da "ditadura do Maduro" - em geral, pelos mesmos indivíduos que, dentro de seus países, atentam constantemente contra o Estado de direito clamando, exatamente, por ditadura. Dá para entender esses subprodutos imbecilizados pela grande mídia?
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