Raúl Castro defende valores da Revolução e soberania do Sul

O presidente cubano Raúl Castro instou os parlamentares de Cuba a enfrentar os desafios com decisão e seguros na vitória ao encerrar, neste domingo (7), o primeiro período ordinário de sessões da 8ª Legislatura do Parlamento. "Faltam poucos dias para comemorarmos o 60º aniversário do assalto aos quartéis Moncada e Carlos Manuel de Céspedes. Enfrentemos os novos desafios com a mesma decisão e fé inabalável na vitória que sempre nos inculcou o chefe da Revolução Cubana, Fidel Castro", expressou.


Presidente cubano Raúl Castro defende os valores da Revolução e o direito de os latino-americanos darem asilo aos que lutam contra as violações dos direitos democráticos.


"Temos visto ao largo de mais de 20 anos de período especial a deterioração de valores morais e cívicos como a honestidade, a decência, a vergonha, o decoro, a honradez e a sensibilidade ante os problemas dos demais", reconheceu.


Raúl Castro chamou o povo para somar-se à batalha contra as indisciplinas sociais que ocasionaram danos morais e materiais: "A atualização do modelo socioeconômico em Cuba demanda um clima permanente de ordem, disciplina e exigência", enfatizou.


O presidente cubano considerou como primeiro passo o de reconhecer a existência do problema e trabalhar nas causas e condições que o propiciaram.


Raúl indicou que os órgãos estatais e o governo, entre eles a polícia, a controladoria, a promotoria e os tribunais devem contribuir com este empenho, dando exemplo de apego estrito à lei.


Ao mesmo tempo, instou a coletivos obreiros e campesinos, estudantes, jovens, professores, intelectuais, artistas, jornalistas, entidades religiosas, as autoridades, "a todos os cubanos dignos que constituem a maioria", que tornem seu o dever de cumprir e fazer cumprir o que está estabelecido.


O presidente assegurou que a Revolução Cubana tem força mais do que o suficiente para alcançar o êxito nesta nova batalha, que, argumentou, será ganha com a incorporação e o apoio do povo.


Raúl considerou que a dualidade monetária constitui um dos obstáculos mais importantes para o progresso da nação e é preciso avançar-se com a unificação. Foram feitos estudos para a supressão desta dualidade, informou o presidente, ao manifestar que pretende eliminar "de forma ordenada e integral, para cometer transformações de maior alcance" em matéria de salário, e pensões, preços e tarifas, subsídios e tributos.


"Tal propósito", disse, "exigirá uma rigorosa preparação e execução, tanto no plano objetivo como subjetivo".


Sobre a economia do país, valorou que seu comportamento durante o primeiro semestre do ano foi positivo, apesar das tensões externas, os danos ocasionados pelo furacão Sandy e "nossas próprias" insuficiências.
 
Pressão imperialista
O presidente cubano denunciou as recentes expressões da filosofia de dominação dos Estados Unidos como uma prova de que todos os países do sul estão em perigo. Como exemplo, citou as ameaças de sanções econômicas contra o Equador e a ação concertada de vários países europeus para impedir o sobrevoo ou aterrisagem do presidente boliviano, Evo Morales.


"Tais ações demostram que vivemos em um mundo no que os poderosos se sentem em condições de violentar o direito internacional, vulnerar a soberania dos Estados e pisotear os direitos dos cidadãos", disse o presidente cubano.


Neste sentido, sentenciou que Cuba apoia os legítimos reclamos e pronunciamentos dos presidentes da Venezuela, Equador, Argentina, Bolívia, Nicarágua, Brasil, Uruguai e de outros líderes latino-americanos e caribenhos.


Também convocou à mobilização da opinião pública internacional, à enérgica denúncia e firme condenação das ameaças contra o Equador e do atropelo contra Evo Morales e toda a Nossa América.
O chefe de Estado cubano expressou o respaldo de seu país ao direito soberano da República Bolivariana da Venezuela e de todos os Estados da região de conceder asilo aos perseguidos por seus ideais ou lutas pelos direitos democráticos, segundo a nossa tradição, disse.


A respeito disso, referiu-se às recentes revelações do cidadão estadunidense Edward Snowden, que confirmam a existência de sistemas de espionagem global dos Estados Unidos em violação da soberania das nações, inclusive de seus aliados, e dos direitos humanos.


Cuba, que tem sido historicamente um dos países mais agredidos e também mais espionados do planeta, já conhecia a existência destes sistemas, de acordo com presidente.


Raúl Castro ponderou a sinalização do presidente Nicolás Maduro de não dar refúgio e negar a extradição a Venezuela de um terrorista internacional como Posada Carriles, autor da explosão de um avião da "Cubana de Aviación", com 73 pessoas a bordo, e ao mesmo tempo pretender que esta nação irmã não exerça o seu direito legítimo.


Também respaldou o chamamento a todos os parlamentos do mundo e às personalidades comprometidas com a justiça para que reclamem às autoridades dos Estados Unidos a liberação de Gerardo Hernández, Ramón Labañino, Antonio Guerrero e Fernando González, que no próximo 12 de setembro cumprirão 15 anos de prisão injusta por lutar contra o terrorismo de grupos que atuavam contra Cuba e que foram abrigados pelos EUA.
 
Fonte: Prensa Latina
Tradução da redação do Vermelho

http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=22bc03237452c8b64f1380e2a11d84f7&cod=11926

Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter

Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey