Esclareceu sua filha Zinia, numa carta ao jornal Público
Zinia Rodriguez, filha de Pavel, o antigo líder do Partido Comunista Português, desmentiu categoricamente as irresponsáveis especulações que pretenderam envolver o nome do seu pai no homicídio de Trotsky.
Eis o teor da sua carta em reposição da verdade que saiu ontem no jornal Público, de Lisboa:
Pavel não esteve envolvido em qualquer tentativa ou acção para assassinar Trotsky no México. Qualquer insinuação a esse respeito é completamente especulativa e infundada.
A História faz-se com factos, documentos claros e investigação da verdade directamente nas fontes.
As pessoas que tiverem dúvidas, podem consultar no México a informação existente no Museu Trotsky. O assassinato de Trotsky está perfeitamente esclarecido. Os nomes dos seus autores são conhecidos.
Pavel chegou ao México em meados de 1939. Trotsky foi assassinado em 1940. Nessa época Pavel já tinha sido afastado pela Internacional Comunista e não tinha qualquer relação com Moscovo. Trabalhava no seu ofício de serralheiro mecânico para poder sobreviver, ao mesmo tempo que ia escrevendo em jornais.
Só posteriormente conheceu e se aproximou de intelectuais mexicanos como David Alfaro Siqueiros.
Seu trabalho como jornalista era essencialmente de repórter sobre a situação dos indígenas, para os ajudar a obter melhores condições de vida. E começou a escrever sobre arte anos depois.
Não mais retomou uma actividade partidária, mas continuou a lutar a nível social e cultural, para dar voz às pessoas que não a tinham e ajudar à construção de uma sociedade mais justa.
A vida de Pavel no México é clara e transparente. Para os que quiserem saber a verdade.
Por último, aproveito para informar que, no próximo ano, o Museu Trotsky, na Cidade de México, vai promover uma homenagem à memória de Pavel. Aliás, o director do Museu Trotsky foi aluno e grande amigo de Pavel.
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