O atual fortalecimento das relações entre Brasil e África resultou em expressivo aumento do intercâmbio comercial nos últimos anos. O comércio global entre brasileiros e africanos triplicou, subindo de US$ 5 bilhões, em 2002, para US$ 15 bilhões em 2006.
A SEPPIR promoveu na última quarta-feira (27/08), em um clube de Brasília (DF), o evento "As Relações Brasil-África e os 120 anos da Abolição", que contou com a participação dos embaixadores de 14 países do continente africano. O encontro contou com palestras do ministro-interino das Relações Exteriores, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, da embaixadora da África do Sul e decana dos embaixadores africanos, Lindiwe Zulu, do professor da Universidade de São Paulo e ex-integrante do Conselho nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR), Kabenguele Munanga, e do ministro da Igualdade Racial, Edson Santos.
Ao final do encontro os embaixadores presentes foram agraciados com uma medalha alusiva aos 120 anos da Abolição da Escravatura Aproximação Brasil-África - O atual fortalecimento das relações entre Brasil e África resultou em expressivo aumento do intercâmbio comercial nos últimos anos. O comércio global entre brasileiros e africanos triplicou, subindo de US$ 5 bilhões, em 2002, para US$ 15 bilhões em 2006. O movimento ascendente deste intercâmbio ocorre com todos os países da região e indica amplo potencial para crescer, sobretudo em matéria de serviços, investimentos e "joint-ventures", que deverão potencializar os negócios entre as duas partes.
A África reveste-se de importância exponencial no cenário globalizado. É atualmente o continente que mais cresce no mundo, devendo chegar em breve a um bilhão de habitantes. São 54 países que terão peso político crescente nas decisões mundiais, como na Assembléia Geral das Nações Unidas. Em termos comerciais, é o segundo maior crescimento global, só perdendo para países asiáticos. Trata-se de uma das últimas fronteiras agrícolas do mundo, reservatório de jazidas de petróleo e minerais de importância estratégica.
Novo impulso - A partir de 2003, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fixou, como uma das prioridades da política externa brasileira, o incremento das relações com a África. O MRE intensificou os contatos entre os dois lados de forma generalizada, não se restringindo aos paises de língua portuguesa, nem àqueles de maior peso político ou econômico na região. Amparou-se na prioridade mais ampla, conferida pelo governo brasileiro à cooperação Sul-Sul, com destaque para a agenda social de saúde e educação, além daquelas capazes de gerar emprego e outros benefícios às populações locais, como a agricultura.
Nos últimos cinco anos, o Brasil passou de 17 embaixadas em solo africano para 34. E os africanos pularam de 15 para 25 embaixadas no Brasil. Atualmente, o Brasil é o país da América Latina com maior número de embaixadas africanas, só perdendo para Washington e antigas matrizes coloniais, como Paris, Berlim e Londres - ou capitais de potências asiáticas, como Tóquio e Pequim.
SEPPIR
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