A Polícia italiana deteve o homem considerado o chefe da máfia . Salvatore Lo Piccolo, de 65 anos, foragido há 23, é considerado o sucessor de Provenzano depois de ter eliminado Matteo Messina Denaro, com quem disputava o comando. Com Lo Piccolo foram detidos mais três mafiosos , incluindo o filho dele .
Já em 2006 tinha sido capturado o então chefe, Bernardo Provenzano. A Polícia prendeu os quatro homens numa casa de campo em Giardinello, nas proximidades de Palermo.
"Lo Piccolo era o único que poderia herdar a sucessão de Provenzano. Já era o chefe da máfia de Palermo e tentava alcançar o topo da organização", declarou o procurador nacional antimáfia, Piero Grasso, reconhecendo as acções de ontem como "um grande passo na luta contra a Cosa Nostra".
Os cerca de 40 polícias protagonizaram uma acção com forte tiroteio, embora sem causar vítimas, e invadiram a casa onde estavam os quatro mafiosos, que, apesar de estarem armados, não tiveram tempo para reagir. Além de Salvatore Lo Piccolo, os outros criminosos presos eram o seu filho Alessandro, de 32 anos, procurado há dez anos, Andrea Adamo e Gaspare Pulizzi.
"Estamos extremamente satisfeitos. As pessoas presas não são apenas fugitivos, mas chefões da máfia que figuravam na lista das mais procuradas de Itália", ressaltou o procurador de Palermo, Francesco Messineo, acrescentando que "agora é previsível que a Polícia consiga resultados muito positivos no desmantelamento da máfia".
"Foi um dia extraordinário para a democracia italiana e a luta contra a máfia. Os dois Lo Piccolo são os chefões responsáveis pela reestruturação da organização depois da prisão de Provenzano e mediavam a colaboração com a máfia norte-americana", relevou Francesco Forgione, presidente da Comissão Parlamentar antimáfia.
Igual satisfação foi manifestada pelo governador da Sicília, Salvatore Cuffaro, que qualificou a operação como "golpe mortal" contra a Cosa Nostra.
As prisões também tiveram um simbolismo especial porque tiveram lugar no "dia da memória", altura em que Palermo prestava homenagem às vítimas da máfia.
A Cosa Nostra, a mais célebre das máfias italianas, é uma importante organização criminosa que influencia e, em alguns casos, comanda o quotidiano económico e político da Sicília.
Entre as centenas de assassinatos que lhe são atribuídos, destacam-se os dos juízes Giovanni Falcone e Paolo Borsellino em 1992
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