O ex-presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano) Alan Greenspan publicou sua autobiografia sob o título: "The Age of Turbulence: Adventures in a New World" ("A idade das turbulências: aventuras num novo mundo") na qual afirma que "a guerra no Iraque gira, em grande parte, em torno do petróleo".
No texto, ele acusa o presidente americano, George W. Bush, de abandonar os princípios econômicos de seu Partido Republicano.
"Eu fico triste que seja politicamente inconveniente reconhecer o que todos sabem, que a guerra no Iraque é em boa parte sobre o petróleo", escreveu Greenspan, segundo trechos do livro, que chega às livrarias na segunda-feira.
O livro é publicado um ano e meio depois dele deixar o Fed, em meio a uma encruzilhada americana e antes da reunião importante do comitê de política monetária do banco, atualmente presidido por Ben Bernanke.
No livro, Greenspan conta sua versão da história de quase duas décadas à frente de uma das instituições mais poderosas do mundo, mas também fala de assuntos políticos e não evita críticas ao governo de Bush.
Greenspan, que toda vida foi republicano, escreveu que sugeriu à Casa Branca vetar algumas leis para reduzir os gastos "fora do controle", quando seus colegas do partido ainda dominavam o Congresso.
Segundo o jornal "Wall Street Journal", ele afirmou que Bush cometeu "um erro capital".
Os republicanos no Congresso, escreveu Greenspan, "mudaram seus princípios no poder. No final, ficaram sem nada".
"Eles mereceram perder nas eleições legislativas de 2006", acrescenta, a respeito da votação permitiu aos opositores democratas assumir o controle das duas câmaras do Congresso.
Greenspan, de 81 anos, oferece sua própria versão dos fatos que cercaram o "crash" da Bolsa em 1987, a explosão da bolha da internet e a recessão após os ataques de 11 de Setembro de 2001.
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