Esta sexta-feira o número do jornal epanhol El Jueves foi retirado das bancas pelas autoridades devido a uma caricatura do Príncipe Felipe em pleno acto sexual , noticia TVI. Policiais andavam de quiosque em quiosque a caçar as revistas e metê-las nos furgões da polícia.
A capa do jornal mostra os príncipes das Astúrias numa postura sexual explícita, com uma referência a 2500 euros por filho, valor da ajuda à maternidade anunciado há dias pelo governo de Rodriguez Zapatero.
O suficiente para a Procuradoria pedir ao Supremo espanhol a apreensão do «El Jueves» com base em delito contra elementos da coroa por injúria e utilização indevida da sua imagem. O Ministério Público espanhol considerou que a caricatura era susceptível de infringir o código penal do país, que prevê uma pena de prisão que pode ir até aos dois anos para quem desonre ou insulte a Família Real.
Problema de projecção mediática da revista, ou abuso da liberdade de expressão? Esta é uma questão que divide por estes dias a sociedade espanhola.
Entretanto hoje a organização Repórteres Sem Fronteiras condenou a decisão judicial que mandou retirar das bancas a revista satírica espanhola «El Jueves» por conter uma caricatura polémica dos príncipes das Astúrias na capa.
A organização internacional defensora da liberdade de imprensa considerou a decisão como um acto de censura das autoridades espanholas. A liberdade de caricaturar faz parte da liberdade de expressão. Percebemos que haja pessoas que considerem a caricatura na capa de mau gosto, mas nada justifica o que esta decisão representa: um acto de censura, referiu organização em comunicado. Os RSF lamentaram que neste caso a Justiça se tenha mostrado zelosa, acrescenta do que esperavam uma atitude mais razoável de uma grande democracia como Espanha.
Um juiz da Audiência Nacional decretou, na passada sexta-feira, um embargo ao semanário satírico espanhol, depois de este ter publicado na capa uma caricatura dos príncipes das Astúrias durante a prática de relações sexuais.
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