O ex-governador de Nova Jérsia, James McGreevey, depois de anunciar publicamente uma relação extra-conjugal homossexual, bem como a sua demissão, foi admitido estes dias num seminário para estudar para sacerdote da Igreja Anglicana, segundo agência AP.
«Que Deus nos ajude» titulava quinta-feira o diário New York Post nas suas páginas interiores ao ocupar-se, tal como outros diários, da nova postura de McGreevey. O Post, propriedade do magnata da comunicação Rupert Murdoch, dedicava a sua primeira página ao ex-governador - com uma fotografia em que o imaginava já com o cabeção de reverendo.
McGreevey foi admitido para estudar um programa de três anos num seminário do popular bairro nova-iorquino de Chelsea, depois de ter sido admitido domingo formalmente como novo membro da Igreja Episcopaliana. O ex-político começará os estudos em Setembro.
Um defensor do ex-governador, cuja identidade não foi revelada, declarou ao diário nova-iorquino que McGreevey pensara nos últimos anos em iniciar essa nova fase da sua vida e descreveu-o como «uma pessoa muito espiritual», apesar do que muitos possam pensar.
De educação católica e com 49 anos, o ex-político democrata reúne os requisitos exigidos para ser admitido no Seminário Teológico Geral. Alguns media assinalaram que terminar os estudos nesse centro é o percurso normal para os que querem ser sacerdotes, embora um porta-voz do centro tenha salientado que nem todas as pessoas que ali estudam pretendem no final ser ordenadas.
McGreevey convocou a 12 de Agosto de 2004 uma conferência de imprensa para anunciar, com a sua mulher Dina Matos ao lado, que tinha mantido uma relação extra conjugal com outro homem e se dispunha a abandonar o cargo antes de terminar o mandato.
A esse anúncio seguiram-se numerosas informações alusivas à relação do ex-governador com o israelita Golan Cipel, a quem tinha contratado dois anos antes como assessor em temas de segurança interna.
O escândalo deu azo a que o próprio McGreevey tenha publicado o ano passado um livro de memórias, «The Confession» («A Confissão»), e que a sua ex-mulher portuguesa tenha lançado no mercado também o seu, intitulado «Silent Partner» («Companheira Silenciosa»), cuja promoção está em curso.
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