A quinta rodada de diálogo entre as duas Coréias, Estados Unidos, Japão, Rússia e China para o desarmamento nuclear norte-coreano terminou nesta sexta-feira sem avanços e sem data de retomada.
Falando na última sessão, o chefe da representação norte-coreana acentuou que o se fracasso depende inteiramente dos Estados Unidos. Esse diplomata disse que Washington deveria modificar sua política hostil em relação à República Democrática Popular e cancelar as sanções contra ela impostas. Ao resumir suas palavras, o representante norte-coreano chamou seu País de potência nuclear responsável, a qual se absterá da ameaça de recorrer às armas nucleares e não transferirá materiais nucleares para outros.
Ao comentar os resultados das últimas conversações, o chanceler russo Serghei Ivanov recomendou levá-las adiante, porém advertiu contra as esperanças de um resultado rápido.
Os principais antagonistas da crise, EUA e Coréia do Norte, não conseguiram aproximar suas posições. Para voltar ao diálogo sobre o desarmamento, Pyongyang exige que Washington retire as sanções impostas há um ano contra entidades financeiras vinculadas ao regime norte-coreano e acusadas de lavagem de dinheiro.
Como as sanções não foram suspensas, a Coréia do Norte se negou na quinta-feira a continuar negociando o desarmamento - o objetivo do diálogo segundo a declaração conjunta assinada em setembro de 2005.
Através deste acordo, os negociadores oferecem ajuda energética e econômica e garantias de não agressão (por parte dos EUA) a Pyongyang em troca do desmantelamento de seu programa nuclear, seu retorno ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) e a verificação dos inspetores da Agência Internacional da Energia Atômica.
Jiang Yu confirmou que as seis partes nem sequer foram capazes de assinar um novo documento que representasse passos concretos para aplicar estes objetivos, uma possibilidade apontada pelas delegações dos Estados Unidos e da China durante os cinco dias de reuniões.
Este novo fracasso na resolução da crise nuclear ocorre após Washington questionar a efetividade do formato das negociações de seis lados.
O negociador americano, Christopher Hill, reiterou esta manhã que a delegação norte-coreana, liderada por Kim Kye-gwan, não se mostrou disposta a negociar o desarmamento se Washington não suspender primeiro as sanções.
Para a discussão das sanções financeiras, foram criados grupos de trabalho que negociaram de forma paralela ao diálogo de seis partes na terça e quarta-feira. Os grupos não chegaram a outra conclusão que não seja continuar a negociar em janeiro, em Nova York.
EFE, agências
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