Milhão e meio de crianças na África morrem sem acceso a água potável

Mais de um milhão e meio de crianças com menos de cinco anos morrem anualmente - 4.200 diariamente - devido à falta de água potável, informou o Fundo das Nações Unidades para a Infância (Unicef).

No total, mais de um bilião de pessoas no mundo não têm acesso à água potável, enquanto 2,6 biliões são desprovidas de qualquer tipo de saneamento básico, lamentou o Unicef no relatório intitulado "Progresso para as Crianças". A directora-geral da organização, Ann Veneman, pediu que os esforços sejam redobrados até 2015, meta estabelecida pela ONU para reduzir à metade a população sem acesso a este recurso vital. "O progresso feito até agora no maior número de pessoas com acesso a água limpa foi impressionante", declarou Veneman em um comunicado. 

"No entanto, a falta de água limpa e de saneamento básico contribuem para a morte de uma estimativa de 1,5 milhão de crianças abaixo dos cinco anos vítimas da diarréia", acrescentou. A falta de água potável também está relacionada com doenças infecciosas, como a pneumonia.

Segundo o relatório, 75 países em desenvolvimento conseguirão em 2015 o objectivo de reduzir à metade a população sem acesso à água, cinco fazem progressos, ainda que insuficientes, e 23 estão longe de atingir meta. A África subsahariana continua a ser uma região de grande preocupação, acrescentou o documento. Desde 1990, 1,2 bilião de pessoas ganharam acesso ao saneamento básico, com o aumento da cobertura de 49% para 59%, segundo o Unicef.

"Apesar do progresso louvável, uma estimativa de 425 milhões de pessoas abaixo dos 18 anos não têm acesso a um implementado abastecimento de água e mais de 980 milhões não têm acesso a um saneamento adequado", acrescentou. "A água limpa e o saneamento são pré-requisitos vitais para melhorar a nutrição, reduzir a mortalidade infantil e materna e a luta contra as doenças", emendou.

Segundo o Unicef, a implementação do saneamento pode reduzir as doenças causadas pela diarréia em crianças pequenas em mais de um terço. Com melhores práticas de higiene, tais doenças podem ser reduzidas em dois terços.

Subscrever Pravda Telegram channel, Facebook, Twitter

Author`s name Yulia Rasnitcova
X