No Iraque iniciou hoje (21) o julgamento contra o ex-presidente iraquiano Saddam Hussein e seis altos funcionários de seu regime pelo genocídio contra o povo curdo, informaram fontes judiciais.
É o segundo julgamento contra o ex-ditador no Tribunal Penal Supremo iraquiano desde a queda de seu regime, em abril de 2003.
As acusações do novo julgamento se referem aos ataques lançados contra o Curdistão iraquiano na denominada campanha de Al Anfal (botina de guerra), em 1987 e 1988, nos quais foram assassinados milhares de curdos.
Os sete acusados assistiram à sessão desta segunda-feira, incluindo Saddam Hussein, seu primo, Ali Hassan al-Mayid, conhecido como "Ali, o químico", e o ex-ministro da Defesa Sultão Hajem.
No arranque da sessão, Saddam Hussein recusou identificar-se, acusando o juiz presidente do Alto Tribunal Penal iraquiano, o xiita Abdallah al-Ameri, de estar ao serviço do "ocupante", numa referência aos Estados Unidos.
"Está aqui em nome do ocupante, não em nome do Iraque. O meu nome é conhecido pelos iraquianos e no mundo inteiro", afirmou o ex-Presidente, antes de se apresentar como "Saddam Hussein, Presidente da República do Iraque e Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas.
Instado a declarar-se culpado ou inocente, Saddam Hussein recusou-se a responder.
Em consequência, o juiz Abdallah al-Ameri considerou que a decisão de Saddam equivalia a uma declaração de inocência.
EFE, Lusa
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