Israel e Hezbollah se declararam vitoriosos após terminarem as atividades militares no Líbano. Porém os autênticos ganhadores do conflito poderiam ser o Irã e a Síria. Segundo vários analistas ambos paises podem sentir-se fortalecidos nas disputas políticas com as potências do Ocidente.
Tanto a Síria como o Irã obtiveram uma vitória política , considera Dawood-al-Shirian, un árabe saudita que conduz um programa de debate na televisão de Dubai. Uma vez mais , o Líbano com tantas vítimas , pagou um preço alto, entretanto a Síria e o Irã novamente se atribuiram o mérito, indicou.
Segundo os analistas o Irã poderia sentir-se reforçado na sua posição nas negociações com Ocidente em relação do seu programa nuclear. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, elogiou a resistência do Heizbollah contra Israel e disse que os EUA e a Grã-Bretanha deveriam pagar compensações pelos estragos da guerra.
Por sua parte o presidente sírio, Bashar al-Assad, afirmou esta semana que o Hezbollah havia saído vitorioso na guerra e destruído os planos dos EUA de remodelar o Oriente Médio.
Washington esperava também que a guerra de Israel contra o Hezbollah abalaria a influência de Damasco e Teerã entre libanos.
Entretanto, após cinco semanas de bombardeios, os moradores de Nabatiyeh, no sul do Líbano, continuam a respeitar a Síria e o Irã e estão furiosos com os outros governantes árabes.
"Desde o primeiro dia os árabes ficaram de fora, assistindo", disse Mohammed Shaaban, de 68 anos, um empresário aposentado, enquanto avaliava a destruição em sua casa de três andares. "Eles deveriam ter adotado uma posição mais forte, mas têm suas próprias justificativas".
Os países de maioria muçulmana sunita como Arábia Saudita, Egito e Jordânia - todos aliados dos EUA - criticaram inicialmente o Hezbollah por ter provocado uma guerra com Israel em que mais de 1.250 pessoas morreram. Mas diante da indignação pública doméstica contra a conduta de Israel no conflito, eles adotaram posições mais duras contra o Estado judaico, alertando os EUA de que o militarismo israelense poderia levar a um conflito mais amplo na região.
AP, Reuters
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